segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

IMPRESSÃO FLEXOGRÁFICA

Flexografia - Sistema de impressão Revelográfico

Introdução


Histórico
O sistema de impressão flexográfica pode ser considerado um avanço do sistema de impressão tipográfico, ou podemos dizer que a impressão flexográfica se inspirou na tipografia (que por sua vez se inspirou na xilogravura).
No início do século o sistema já era utilizado, porém em pequena escala, por volta de 1920 o processo de impressão começou a ser utilizado em grande escala.
A princípio o nome do sistema de impressão era anilina, pois utilizava tinta à base de corantes de alquitrán ( da mesma família dos óleos de anilina).
Como o termo anilina (derivado de alquitrán - substância tóxica) dava a impressão que produtos impressos pelo sistema poderiam causar algum mal para quem os utiliza-se, então fornecedores, vendedores, ... preocupados com esse impacto negativo resolveram lançar a proposta para a escolha de um novo nome. (nesta fase já utilizava pigmentos com características iguais aos outros processos de impressão).
Foi lançado em uma revista da área a proposta para a escolha de um novo nome, de onde se escolheu o nome Flexografia dentre muitos nomes enviados para a redação da revista.
Durante muito tempo as impressoras flexográficas não receberam a devida atenção de fabricantes de máquinas gráficas, no início eram máquinas grandes e desengonçadas, apresentavam muitas variações durante o processo de impressão, eram difíceis de ser operadas e perigosas. Muitas vezes eram fabricadas na própria gráfica.
Após a 2ª guerra a Flexografia deu grandes passos em termos de evolução e utilização.

Flexografia


Definição: a definição oficial do termo foi - um método de impressão tipográfico rotativo que emprega pranchas (formas) de borracha e tintas líquidas de secagem rápida.
O sistema de impressão flexográfica tem como características principais a utilização de uma forma flexível em alto relevo, utilização de tinta líquida (à base de água ou solvente), sistema de impressão direto.

Forma

Para entendermos melhor o princípio da forma flexográfica podemos pensar em um carimbo, onde será entintada somente as áreas que estão em alto relevo (característica vinda da xilogravura).

Esta forma será fixada no cilindro porta-formas na impressora, onde através de sistemas apropriados de entintagem, será realizada a aplicação da tinta na superfície da imagem em alto relevo. Existem diversos tipos de formas que podem ser utilizados em flexografia, dependendo das características do impresso a se reproduzir, máquina à ser utilizada, substrato que será utilizado na impressão etc. (veremos melhor sobre formas no item Fomas).

Tintas

A tinta utilizada em flexografia é uma tinta líquida, podendo ser usado como agente de cor corante ou pigmento.
Essa tinta pode ser à base de água ou solvente, ou seja, a resina é solúvel em água ou solvente (dependendo das características e utilização do impresso a se obter).
Devido a característica de utilizar tinta líquida (e forma em alto relevo), o sistema de impressão flexográfica é um dos sistemas mais versáteis que existe, podendo fazer a impressão em diversos substratos, como papel, plásticos, sacos de ráfia, papelão ondulado, cerâmica, etc (com a utilização de máquinas especialmente fabricadas para cada utilização).
A impressão em substratos impermeáveis pode ser obtida devido ao fato da tinta ser líquida e de secagem extremamente rápida (com auxílio de aquecedores e ventiladores instalados no percurso do substrato após a impressão.

Sistema de impressão direto
 
Entendemos por este nome, que o sistema de impressão flexográfico realizará a impressão através da transferência da tinta da superfície da forma diretamente para a superfície do substrato (como um carimbo), sem que essa tinta passe por outras etapas antes de atingir o substrato. (como ocorre em offset).
As impressoras flexográficas podem ser fabricadas conforme a necessidade do produto à ser impresso (cerâmica, papelão ondulado, papel, plásticos etc), sendo que em cada sistema será utilizado um modo específico de alimentação do substrato na impressora, podendo ser alimentação com bobinas, com folhas cortadas, com esteiras que prendem o substrato para receber a impressão etc.
Podem ser encontradas máquinas que possuem uma unidade de impressão (uma cor), como máquinas que possuem 10, 12, 14 unidades impressoras, podendo ser realizado a impressão somente na frente do substrato como também a impressão de frente e verso em uma única passagem pela máquina.
O sistema de saída da impressora (sistema de recepção), também varia muito de máquina para máquina, ou conforme o tipo de impresso realizado. Poderemos encontrar sistema de saída em bobinas, folhas, cartuchos (saída com corte e vinco) cadernos (editoria) entre outros, conforme necessidade.

A Impressora Flexográfica é composta basicamente por:

- sistema de alimentação
- conjuntos impressores
- sistema de secagem
- sistema de saída

 

Campo de aplicação da Flexografia


A flexografia possui um campo muito vasto de aplicação, pode-se projetar máquinas para realizar a impressão de determinados tipos de substratos, conforme a necessidade.
Como campo básico de aplicação posso estar citando:
Embalagens: altamente utilizado, muitos impressos em embalagens flexíveis são hoje impressos em flexografia, devido a evolução do processo num todo (tinta, formas, entintagem, suportes, eletrônica, etc)
Editoria: para editoria posso estar citando principalmente a impressão de cadernos, algumas revistas, livros. Porém o forte da flexografia ainda seja as embalagens.
Jornais: coloco aqui jornais para relatar que em alguns países estão sendo feita a impressão de jornais no sistema de impressão flexo, porém não seja muito comum (os jornais são impressos principalmente no sistema de impressão offset).
Diversos: papel de presente, sacos e sacolinhas, cerâmica, rótulos e etiquetas adesivas, impressos de segurança.

Vantagens da Flexografia


Uma das vantagens da flexografia é a capacidade para imprimir sobre uma ampla gama de substratos, desde ásperos e grossos até suaves e lisos, desde papel absorvente até suportes brilhantes e de alumínio.
As tintas líquidas são de rápida secagem, podendo-se imprimir sobre substratos não absorventes, necessitando geralmente de um sistema de secagem composto por aquecedores, ventiladores e exaustores, para uma perfeita secagem da tinta sobre o substrato.
Tintas à base de água, diminuindo a poluição e o forte cheiro dos solventes.

Possibilidade de
mudar o diâmetro do cilindro porta-formas, resultando isto em um melhor aproveitamento do substrato como da forma. Pode-se preparar a montagem do próximo trabalho (colagem da forma no porta-formas) enquanto a impressora ainda está imprimindo outro trabalho.
Possibilidade de adaptar diversos sistemas de saída, como por exemplo com corte e vinco, hot-stamping, cadernos, etc.


Vídeo da Clicheria Flexo Kromos

QUADRICROMIA “A ARTE DA REPRODUÇÃO DAS CORES”





Em artes gráficas, existem basicamente duas formas de se reproduzir uma cor: através de cores chapadas, já na tonalidade final (mistura física de cores), ou através da técnica de Quadricromia.
A Quadricromia é uma técnica de impressão, que permite reproduzir, com extrema fidelidade, qualquer cor ou tonalidade (efeito ótico), através de 4 cores transparentes, independentes e sobrepostas: cyan (azul), magenta (vermelho), amarelo e preto, preparadas segundo a Escala Europa. Como são tintas transparentes, somente podem ser impressas sobre um fundo branco.









EVITANDO O EFEITO MOIRÉ

As causas da ocorrência do efeito moiré pode ser desconhecida por alguns serígrafos. No entanto, existem procedimentos que podem reduzir ou evitar este padrão nas impressões por serigrafia. Confira a seguir algumas dicas para reduzir o moiré e, desta forma, evita eventuais perdas.





O efeito moiré é o principal vilão da prática serigráfica. É ocasionado pela interferência repetitiva de retículas geometricamente iguais. Este fenômeno faz com que a impressão fique descontínua, com efeitos muito perceptíveis.
Para piorar ainda mais, este efeito pode aparecer também pela inclinação incorreta entre  o filme e o tecido, neste caso, “o efeito moiré surge da coincidência do ponto da retícula com o tecido da malha”, ocasionando um segundo efeito moaré. Ninguém merece! “O moiré aparece com maior facilidade em retículas mais finas, acima de 25 linhas por centímetro. Em retículas mais abertas e tecidos mais fechados, a ocorrência do moiré é mais difícil”.

Dicas para evitar o efeito moiré

  • Escolher pontos maiores de retícula, combinando com o material que vai ser impresso;
  • Evitar retículas muito finas (acima de 28 LPC), quando a impressão utiliza tintas à base de solvente ou UV;
  • Quanto mais fina a retícula maior a probabilidade de ocorrência do moiré;
  • Esticar bem o tecido, seguindo as orientaçãoes do fabricante de tecidos;
  • Utilizar tecido tingido e emulsão de boa qualidade;
  • Usar tinta de qualidade;
  • Utilizar equipamento para impressão a vácuo de qualidade;
  • Os filmes devem ter inclinações de retículas de : 7,5º para o Preto; 37,5 para magenta; 67,5º para Cyan e 82,5º para o amarelo;
  • Escolher as retículas elípticas (AM) ou quando possível estocásticas (FM).

O fabricante suiço de tecidos sefar, disponibiliza aos serígrafos uma tabela com padrões de prevenção de moiré de acordo com a relação entre filme e tecido.



domingo, 18 de dezembro de 2011

GLOSSÁRIO DE ARTES GRÁFICAS

GLOSSÁRIO DE ARTES GRÁFICAS


No dia-a-dia de quem trabalha com editoração eletrônica, pré-impressão e impressão, comprando ou produzindo, existem alguns termos corriqueiros que são incorporados ao nosso vocabulário. Muitas vezes, embora os repitamos com naturalidade, o verdadeiro significado é desconhecido. Por isso Dr. Silk elaborou esse glossário onde você poderá encontrar alguns dos termos mais utilizados com sua "tradução". Vale a pena dar uma olhada.

Editoração eletrônica - Pré-Impressão:

· Tiff / tif (Tagged Image File Format) - é a imagem mais versátil para uso geral em editoração eletrônica.

· EPS (Encapsulated PostScript) - é um formato básico em editoração eletrônica.
Contém as mesmas instruções postScript que o computador envia a impressora para imprimir o documento. Formato usado para transferir desenhos vetoriais, bitmaps ou páginas inteiras entre um programa e outro.

· Bitmap (mapa de bits) - uma imagem subdividida em pontos coloridos (pixels).
Permite a visualização de fotos usadas em programas de edição de imagens, como
Photoshop.

· Desenhos Vetoriais (curvas) - a descrição geométrica de uma figura por meio de coordenadas de pontos e curvas (vetores). Freehand, Ilustrator e CorelDraw são
programas vetoriais.

· Resolução - relação entre a quantidade de pixels que compõem uma imagem. Quanto maior a resolução, maior é a nitidez e o tamanho do arquivo.

· PostScript - a principal linguagem de comunicação entre computadores e impressoras.
É fundamental nos programas de editoração eletrônica.

· DCS (Desktop Color Separation) - é um tipo especial de EPS desenvolvido para
separação de cores. São quatro arquivos para impressão que contém todas as
características de cada uma das cores CMYK (quadricromia) + um arquivo com a
representação de todas as cores compostas, em formato PICT de baixa resolução.

· PICT - formato nativo em Macintosh. Praticamente qualquer software é capaz de
reconhecê-lo.

· TRAP - é o encaixe que existe entre cores adjacentes no fotolito. Quando geramos um fotolito pelo computador, áreas de cores adjacentes podem ficar tão milimétricamente justas que é inevitável para a gráfica realizar a impressão sem que apareça um filete branco entre elas (falta de registro).

· Trapping - é o resultado do encaixe da tinta no papel. Trappings maiores ocorrem em papéis mais absorventes.

· Knockout - é a reserva de cores. A tinta sempre imprime no papel branco, e não sobre áreas já impressas. É o oposto do overprint (sobreposição). Na editoração eletrônica é preciso tomar cuidado para que não ocorram reservas desnecessárias, isto é, a cor preta "furar" a cor de fundo. A cor preta sempre imprime em overprint.

· Overprint - impressão sobreposta. A cor em primeiro plano é impressa sem que a cor que está em segundo plano seja retirada.

· PPD (PostScript Printer Description) - descrição de uma determinada impressora ou imagesetter. Drive de impressão PostScript.

· RIP (raster image processor) - usado para processar o arquivo em uma saída de filme, ou impressora.

· Memória RAM (memória de acesso aleatório) - é a área que o computador usa quando não se salva um arquivo, isto é, os elementos processados que estão na tela.
Recomenda-se que a RAM de uma máquina deva ter pelo menos três vezes, em média, o tamanho dos arquivos que trabalhamos.

· Arquivo fechado - arquivo salvo para uma impressora PostScript com todas as
configurações de saída de filme, lineatura etc.

· Arquivo aberto - arquivo salvo no próprio programa criado como por exemplo arquivos de Page Maker ou QuarkXpress.

· Ponto elíptico - usado em fotolito para reproduzir os meios-tons, com uma graduação mais suave dos tons.

· Dye-Sublimation - sublimação de cores. Usada em impressoras coloridas, que
imprimem em tom contínuo, semelhante a uma fotografia. Serve também como prova digital da editoração eletrônica, sem que se tenha a saída de filme.

· DPI (dots per inchs) - pontos por polegada. Unidade mais comum na editoração
eletrônica (desktop publishing). É a resolução bruta da imagem de um equipamento (por exemplo, scanner ou impressora).

· LPI (lines per inch) - linhas por polegada. É a unidade para guiar meios-tons. Indica o tamanho de ponto e da retícula obtidas na saída para impressão.

· 60 linhas / 60 LPC - equivalente a 150 LPI. É a resolução de saída de filmes mais utilizada em fotolito. Expressa em centímetro linear.

· 300 DPI - é a resolução de saída usada para reproduzir imagens, cromos e fotos para editoração eletrônica.

· Spot Color - cores especiais usadas em editoração eletrônica na escala Pantone. Cores puras usadas principalmente em logotipos e impressos personalizados.
· Process Color - CMYK - quadricromia pro-priamente dita.


Impressão – gráfica:

· Coat - revestimento. Diz-se de todo material depositado sobre uma superfície (verniz, tinta etc), para melhorar a qualidade de impressão.

· Lâmina - em impressão chamamos de lâmina o formato aberto do trabalho. Por
exemplo: 4 páginas correspondem a uma lâmina de impressão (dobrada) com duas
páginas na frente mais duas no verso.

· Página - cada uma das faces de uma folha de um impresso ou layout.

· 4x4 - expressão usada para designar uma impressão em quadricromia na frente e no verso de uma lâmina ou página. Existem variações: 4x1 (4 cores na frente e 1 no verso); 4x2 (4 cores na frente e 2 no verso) e 4x3 (4 na frente e 3 no verso) ou 

· Pantone Matchning System - sistema de seleção de cores desenvolvido pela Pantone Inc., a partir de 8 cores primárias especiais que são combinadas em mais de 740 tons diferentes. Esse sistema é amplamente utilizado pela indústria gráfica mundial.

· Moiré (pronuncia-se moarê) - padrões indesejáveis que ocorrem quando as
reproduções são feitas a partir de originais impressos.

· Links - são chamados de links todos os arqui-vos criados a partir de programas
vetoriais, imagens Tiff e EPS e fontes utilizadas no arquivo editorado e aplicados para a saída do filme.

· Escala de cores - é um guia de cores combinadas em C+M+Y, K+C, K+M e K+Y. A escala progressiva de 0 a 100% de densidade é usada habitualmente como referência na reprodução de cromos, simulando o resultado no impresso. Em tempo: C - cyan (azul); M - magenta; Y - yellow (amarelo); K - black (preto).

· Spread - o mesmo que páginas espelhadas ou consecutivas. Também chamadas de facing pages e são usadas para melhor aproveitamento na saída de filmes.

· Imposição - método de disposição de páginas de forma a aproveitar a folha onde o material será impresso, para que depois da dobradura e do corte do papel, as páginas estejam devidamente intercaladas e posicionadas.

· Direct to plate ou Computer to Plate (CTP) - método de impressão que dispensa fotolito. A imagem a ser reproduzida é aplicada diretamente sobre a chapa de impressão.

· Filmless - sistema de arquivo eletrônico usado principalmente nas tecnologias direct to plate e direct to press.

· Stripping - emendas e correções de última hora feitas no filme limpo. O stripping só pode ser aplicado em áreas livres de retículas. Quase sempre no filme do preto.

· Offset plana - impressoras que trabalham sobre papel em folhas.

· Offset rotativa - impressoras que trabalham com alimentação de papel em bobinas.
Esse tipo de impressora é indicada para rodar revistas, tablóides e jornais em função da sua alta produtividade e rapidez, além da facilidade de ter cadernos em sua saída.

· Tira-retira - termos usado em artes gráficas para designar o processo de cópia frente e verso numa única chapa. Assim é possível imprimir frente e verso numa única passagem.
Depois vira-se o papel e, utilizando a mesma chapa, casa-se a frente + verso e verso +frente.

sábado, 17 de dezembro de 2011

A SERIGRAFIA - IMPRESSÃO PERMEOGRÁFICA


A serigrafia dividi-se em dois tipos de impressão: plana e rotativa. Na primeira utilizamos os tecidos fixados em molduras formando as telas planas e na outra utilizamos os cilindros que possuem uma tela de níquel em forma de camisa fabricada por eletroformação. Para impressão localizada utilizamos a serigrafia plana e para impressão a metro, a serigrafia rotativa. Cada um desses processos possuem suas características próprias.


 












Com a serigrafia é possível imprimir sobre qualquer material: tecido, papel, vidro, madeira, metal, etc. É possível imprimir sobre objetos de vários formatos como: quadrado, retangular, elíptico, circular, grande, pequeno, finos, grossos, brancos, coloridos e transparentes.

Na serigrafia podem ser usados equipamentos e máquinas que melhoram e aumentam a produção. Na impressão serigráfica plana manual a produção deve ficar próximo de 300 impressos/hora, com máquinas impressoras semi-automáticas a produção chega a 800 impressos/hora, em equipamentos automáticos esse número alcança 3600 impressos/hora. Na impressão serigráfica rotativa a produção é de 125 m/min.

A serigrafia é um processo cuja aplicação é simples do ponto de vista dos requerimentos mecânicos necessários, em relação aos demais processos de impressão existente.

O conhecimento geral científico envolvido na “tecnologia serigráfica” incluiu física, matemática e físico – químico (estatísticas, geometria, conjuntos, reologia).

Os ramos de aplicação deste processo são amplos, e envolvem praticamente todos os tipos de acabamento com médios ou grandes depósitos de tinta impressa:

 
.         Embalagens plásticas cônicas ou tubulares;
·         Decoração têxtil a metro ou localizada;
·         Decoração em vidros e cerâmicas;
·         Decoração em metais;
·         Displays em plásticos rígidos;
·         Publicação em plásticos auto-adesivos;
·         Impressos em DVD e CDR;
·         Impressos em todo o tipo e superfície;
·         Painéis de comunicação visual;
·         Pôster publicitários termos-formados;
·         Etiquetas e rótulos;
·         Decoração para embalagens de comestíveis;
·         Gigantografias para outdoors;
·         Painéis de aparelhos elétricos e eletrônicos;
·         Transferência de imagem em circuito impresso;
·         Isolação térmica e dielétrica em circuito impresso;
·         Confecção de transfers (sublimáticos ou plastisol);
·         E as artes plásticas em geral.




 


Todas estas aplicações têm suas particularidades, mas cuja base tecnológica é o conhecimento serigráfico.

Algumas destas aplicações são consideradas de alta tecnologia enquanto outras como, por exemplo, as de finalidade publicitárias ou artísticas são consideradas de menor nível técnico o que é uma inverdade.

O apuro técnico é necessário dentro de qualquer aplicação, e o grau de dificuldade de produção tende a diminuir quando utilizamos tecnologia e métodos de controle bastante apurados.
A necessidade de maior ou menor quantidade de domínio tecnológico de um processo esta relacionada a este nível de exigência, e não intrinsecamente ao tipo de produto que utiliza certo processo. Muitas vezes nos deparamos com a argumentação de que “estamos no Brasil”, e que certas exigências de qualidade são descabidas. Ou então ouvimos que o uso de certos equipamentos, certos instrumentos, certos materiais – e por decorrência certo nível de conhecimentos – são úteis apenas no 1º mundo, não havendo qualquer interesse para a realidade nacional.

Vale lembrar que aqui tratamos do grau de desenvolvimento tecnológico de um país, de uma empresa, de um profissional, de um processo produtivo, que estamos discutindo.

Devemos levar em conta que o bom andamento de um processo em escala produtiva, da qualidade final de um trabalho, bem como de sua entrega em tempo e com a garantida satisfação do cliente dependem de todos em qualquer escala, da recepcionista que é a porta de entrada de um cliente, do setor de vendas que deve ter pleno conhecimento dos processos da fábrica para não prometer prazos infundados e nem produtos inexistentes, de custos que deve avaliar muito bem os itens a serem utilizados para não causar ônus à empresa ou transmitir ao consumidor final valores infundados e finalmente nós os serígrafos que devemos realizar trabalhos primorosos para que o consumidor saiba valorizar o produto final e pagar o valor agregado (lucro) que tanto necessitamos.

O Brasil possui uma defasagem muito grande em capacitação profissional, quando comparado com outros países em  desenvolvimento. Os investimentos em educação profissional são insuficientes  frente a crescente demanda das empresas por mão-de-obra qualificada, dificultando inclusive o  desenvolvimento das empresas que atuam na área de serigrafia. Poucas são as instituições de ensino profissionalizantes no Brasil que oferecem o curso de serigrafia. Recentemente, recebi com muita alegria a notícia que a SGIA (SPECIALTY GRAPHIC IMAGING ASSOCIATIATION) dos USA, estaria chegando ao Brasil, para lançar uma associação nacional, voluntária, para a melhoria da comunidade brasileira de “especialidade em imagens”, que compreende imagens digitais, serigrafia e muitas outras tecnologias de imagens. A organização irá auxiliar os impressores brasileiros, fornecedores e instituições educacionais a criarem um network de recursos educacionais e troca de informações. A SGIA é reconhecida internacionalmente, várias empresas no Brasil são associadas a SGIA. Não podemos negar, que a SGIA Brasil vai criar todo uma atmosfera favorável para o futuro da serigrafia no Brasil, contribuindo desta forma, para o desenvolvimento da serigrafia nacional.