quinta-feira, 18 de julho de 2019

RODO IMPRESSOR




RODO SERFIGRÁFICO (PERFIL)

                O rodo serigráfico possui algumas funções tais como: mover a tinta sobre a matriz, preenchendo a abertura do tecido de tinta (entintamento) e levar a matriz a encostar no substrato durante a impressão propriamente dita.
                Durante o entintamento o rodo deve ser posicionado na parte de baixo da matriz, formando um ângulo de aproximadamente 75º na direção do impressor. Nessa posição a tinta deverá ser “empurrada” com a base do perfil do rodo sem que o mesmo exerça pressão sobre a matriz, mantendo dessa maneira, a matriz sem contato algum com o substrato a ser impresso. Após esse procedimento a matriz deverá estar entintada e pronta para que a impressão seja realizada.
                Na impressão, devem-se considerar as seguintes observações: ângulo de ataque do rodo (inclinação do rodo durante a impressão), pressão do rodo (força exercida sobre a matriz) e a velocidade da passagem do rodo.
                O ângulo de ataque mais comum do rodo na impressão é + ou – a 75º. Ao se modificar o ângulo do rodo na impressão, modifica-se a deposição de tinta no substrato (carregação). Quanto mais fechado for o ângulo do rodo durante a impressão, maior será a deposição de tinta. É preciso achar um meio termo na inclinação do rodo para que a impressão não fique falhada (ângulos mais próximos a 90º) e também não fique carregada (ângulos próximos a 0º).
                A força que se exerce sobre o substrato com o rodo durante a impressão serigráfica deve ser sempre mantida com a mesma intensidade durante toda a tiragem. Uma pressão muito forte do rodo aumenta a descarga de tinta sobre o substrato além de aumentar o risco de deformar a matriz. A pressão adequada depende sobretudo da experiência, da sensibilidade e da preferência individual do impressor.
                A velocidade na passagem do rodo deve ser moderada. Quanto mais rápido se passa o rodo sobre a matriz, menor será a descarga de tinta, ao passo que quando o rodo é passado numa velocidade reduzida, a tendência é que a impressão fique carregada demais.
                O equilíbrio entre o ângulo de ataque, a pressão e a velocidade da passagem do rodo durante a impressão, garantirá a correta deposição de tinta sobre os substratos e uma maior uniformidade no trabalho.

                Existem no mercado algumas opções de composição, formato e dureza.

COMPOSIÇÃO:

Dentre as composições disponíveis, a de melhor desempenho é a de poliuretano, apresentando ótima resistência química (a solventes) e física (abrasão/desgaste). O mesmo não acontece com o composto de estireno butadieno (borracha sintética), que apresenta baixa resistência química e física.

FORMATO:

                Em relação aos formatos, serão citados os mais recomendados para cada tipo de equipamento e substrato.

 Perfil A – De 90º. Para uso na maioria das tarefas de serigrafia. Normalmente usado com a inclinação entre 45º e 75º.

 Perfil B – De 75º. Chanfrado de um só lado. É especialmente adequado para máquinas de impressão automática.

 Perfil C – Chanfrado pelos dois lados e com a base plana. Especial para impressões em superfícies cilíndricas como copos, canetas, etc.

Perfil D – Com a mesma aplicação do perfil C, porém é utilizado em máquinas automáticas.

Perfil E – Utilizado para obter alta cobertura ou espessura na camada de tinta impressa, recomendado para tintas de alta viscosidade e para impressões em tecidos.

Perfil F – Idem ao de Perfil E, porém é usado para impressões com telas confeccionadas com tecidos mais fechados.


DUREZA:

                O perfil tem grande responsabilidade no depósito da tinta e na definição da impressão de acordo com sua dureza. O instrumento utilizado para medição da dureza é o durômetro, e a unidade de leitura é expressa em graus Shore.

ESCALA DE DUREZA EM GRAUS SHORE

                60º a 75º Shore – Perfil macio;
                76º a 85º Shore – Perfil médio;
                86º a 95º Shore – Perfil duro.

Perfil macio – Indicado para impressões serigráficas chapadas e superfícies vitrificadas. (ex.: vidros e cerâmicas)
Perfil médio – Indicado para a maioria das impressões serigráficas manuais.
Perfil duro – Indicado para impressões com traços finos, tecidos fechados e camadas finas de tinta. (ex.: impressões com tintas U.V.)