Tensão do tecido serigráfico
Chamaremos a tensão com qual a tela foi colocada ao bastidor (quadro) de pré-tensão. Esta pré-tensão pela acomodação da estrutura molecular do material dos fios, se reduz ao longo do tempo e do uso da tela.
Nas primeiras horas e em descanso o tecido perde tensão e esta perda gradativamente se reduz até uma estabilização. Com o uso, sob a pressão do rodo e ação do fora contato a tela perderá gradativamente mais tensão até um ponto em que sua utilização não será mais possível.
As tensões admissíveis constantes nos folhetos técnicos dos fabricantes são valores médios e nem sempre são os valores ideais para certas aplicações. Entretanto, o uso de pré-tensões maiores, reduz a vida útil do tecido (a menos que seja possível retensioná-lo).
Aguardando a acomodação dos fios à tensão e retensionamento, os valores podem chegar praticamente aos mesmos oferecidos para os tecidos metálicos. Assim, tecidos de poliéster especificados de suportar 14 N/cm (Newton por centímetro) podem chegar a tensão de 25 N/cm contra 24 N/cm tensão especificadas para tecidos metálicos com a mesma contagem de fios.
A tela deve ter tensão igual (uniforme) em toda área da imagem, ou haverá deformação (crescimento) da imagem nas áreas mais frouxas. Por esse motivo se recomenda tencionar gradualmente a tela e incrementar a tensão em estágios, estabelecendo intervalos de tempos para garantir uma tensão eficaz.
A tela se constitui do tecido tensionado ao quadro. A uniformidade de tensão é um fator importante na produção de telas para serigrafia. É praticamente impossível garantir que uma tela esteja com a mesma tensão ao longo de toda a sua área sem o auxílio de um instrumento adequado: o tensiômetro.
Existem tecidos serigráficos fabricados para trabalharem com vários valores de tensionamento. Como regra geral, a tela esticada com maior tensão é mais adequada para serviços de maior precisão. Cabe lembrar que telas mais esticadas requerem maior exatidão no controle de fora contato, e que se a tensão não estiver uniforme o eventual benefício da tensão mais elevada será nulo. O valor de tensão é mundialmente padronizado na unidade N/cm (Newton por centímetro linear).
Eles devem encontrar-se dentro da área da imagem impressa e não nos cantos. O primeiro passo é esticar previamente na longitudinal com 50% do valor (em comparação à tensão final), ou seja, com a metade do valor Newton. Posicionar o instrumento de medição a 1 cm da barra de medição. O segundo passo giramos o tensiômetro em 90º, posicionando no centro do tecido e esticar na segunda direção até alcançar o valor final. Verificar mais uma vez os dois sentidos e, se necessário, efetuar uma correção.
- Impressões de dimensões exatas (eletrônica, cartões de crédito, escalas etc.) 20 a 30 N/cm
- Camisetas....................................................................................................... 15 a 25 N/cm
- Gráfico, vidro, transfer.................................................................................. 15 a 20 N/cm
- Impressão direta sobre cerâmica (telas planas) e têxteis............................... 12 a 16 N/cm
- Impressão de CD........................................................................................... 16 a 18 N/cm
- Impressão de objetos cilíndricos e planos..................................................... 08 a 12 N/cm
· Perfis do quadro frágeis;
· Colocação incorreta do tecido nas pinças de esticagem;
· Altas variações climáticas;
· Tempo de espera muito curto antes da colagem.
Dicas:
Recomendamos a operação com instrumentos de medição em Newton. Para a realização de trabalhos em quadricromia, todos os quadros devem apresentar a mesma tensão. A prática mostrou que uma diferença de tensão de 1 – 2 N/cm em uma única tela não tem muita importância. No entanto, a diferença de tensão entre quadros destinados à impressão multicolor não deve ultrapassar 1 – 2 N/cm. Em grandes tiragens após numerosas recuperações da matriz, é possível que a perda de tensão alcance um valor de vários N/cm.
A esticagem de um tecido com valores diferentes de tensão no sentido do urdume e da trama (tolerância de 3%) produz os seguintes efeitos:
· Imprecisão do registro fora de controle;
· Perda de qualidade da rugosidade da superfície do emulsionamento;
· Aumento do depósito da tinta (de acordo com a direção do rodo);
· Aumento do desgaste mecânico do tecido e do rodo.
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