terça-feira, 16 de abril de 2019

TRATAMENTOS SUPERFICIAIS PARA IMPRESSÃO

TRATAMENTOS SUPERFICIAIS PARA IMPRESSÃO

Tratamento corona

O tratamento de superfícies plásticas por efeito corona tem sido largamente utilizado nas últimas décadas como um meio efetivo de aumentar a energia superficial desses materiais aumentando deste modo a umectabilidade e a aderência de tintas, adesivos, coatings e laminados.

Teoria: muito se tem pesquisado sobre os efeitos do tratamento corona, e ainda não se determinou precisamente o mecanismo que produz tal efeito. Algumas teorias qualificam o efeito como:


  •  Insaturação das moléculas da superfície do material;
  •  Oxidação da superfície formando carbonila e carboxila, radicais meta dirigentes que se compatibilizam com as tintas;
  •  Rearranjo molecular da superfície.
  • O que podemos afirmar com certeza é que o tratamento corona melhora a adesão com materiais polares, e a modificação é estritamente superficial. A capacidade de uma superfície promover a expansão e aderência de um líquido denomina-se umectabilidade. A tensão de umectabilidade ou tensão superficial dos materiais é mediada em dina por centímetro (d/ cm). Os filmes estudados têm uma tensão superficial naturalmente baixa, como por exemplo:
  •  Poliestireno – 33d/ cm
  •  Polietileno – 31 d/ cm
  •  Polipropileno – 29 d/ cm

Na prática necessita-se de 40 d/ cm para trabalhos de impressão. Esse aumento e proporcionado pelo tratamento corona.

O processo: o tratamento corona consiste no uso de uma descarga de alta voltagem, cujo potencial excedendo o ponto de ruptura de isolação do ar, que é da ordem de 26KV/cm, produz ozônio e óxidos de nitrogênio, os quais oxidam a superfície do filme plástico. O processo é obtido pela passagem do filme sobre um cilindro de metal aterrado, recoberto por um dielétrico para assegurar uniformidade da descarga elétrica e do tratamento.

Uma estação de tratamento típica é composta de:


  •  Um eletrodo ao qual é aplicada a alta voltagem;
  •  Um espaço entre o eletrodo e o dielétrico (gap de ar), o qual será ionizado criando o efeito corona e gerando o ozônio;
  •  O material dielétrico, o qual pode suportar altos níveis de voltagem sem romper-se;
  •  Um plano aterrado, normalmente um cilindro de alumínio sobre o qual é passado o filme.
  • Podem-se tratar também materiais laminados a outros materiais plásticos, papel e até substratos metálicos, como alumínio. No tratamento de substratos metálicos utiliza-se um tipo diferente de estação, a qual tem o metal dielétrico aplicado ao eletrodo de descarga, e não ao cilindro de tratamento.



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