quinta-feira, 4 de abril de 2019

FORA DE CONTATO

Fora-contato na impressão

A impressão fora de contato facilita o estágio da desmoldagem, parte integrante do processo de impressão, sendo que a tensão inicial da tela supre o esforço necessário para esta desmoldagem ao longo da passagem do rodo. O efeito colateral inevitável é a deformação da imagem transferida. O controle é obtido desde que a deformação seja uniforme, e de valor desprezível para as exigências de qualidade do produto final.

Diante disso podemos concluir que o menor fora-contato possível é altamente desejável, pois quanto menor à distância “quadro x substrato” melhor a resolução da imagem que se deseja imprimir.

Como informado anteriormente, os fios do tecido são flexíveis, consequentemente os tecidos por eles formados também, proporcionando assim uma elasticidade no momento da impressão devido à pressão do rodo, se o tecido estiver dentro das tensões indicadas irá vencer a aderência da tinta promovendo a desmoldagem e depositando a tinta na superfície no formato (desenho) desejado. Este tensionamento envolve o aumento no comprimento dos fios e riscos de distorções.



Devemos também considerar os itens abaixo:

  •  Fora-contatos mais elevados promovem uma elongação maior dos fios, podendo causar distorções ou excedendo o limite de tensão suportável pelo tecido.
  • A largura e o percurso do rodo influem diretamente no alongamento dos fios com idênticas consequências ao caso acima.
  • Na produção da impressão o controle da tensão inicial do tecido é tão importante quanto o ajuste de fora-contato e a seleção do formato da imagem em relação ao formato do quadro.

Chamaremos de tensão com a qual a tela foi colada ao bastidor de pré-tensão. Além da pré-tensão, atua sobre o tecido a tensão fornecida pelo fora-contato e ação do rodo na impressão. A relação tração-elongação nos fios metálicos obedece à lei de Hooke: após uma certa elongação atinge-se o ponto de ruptura, o fio estrangula-se e continua a se estrangular ao longo de todo comprimento, quando então passa a se comportar de maneira elástica novamente. Este comportamento é dependente do tempo, se a tensão for aplicada repentinamente, o afinamento poderá ser proporcionalmente grande, ocorrendo o rompimento.

Os fios sintéticos perdem tensão na tela, porém continuam a se comportar de maneira elástica, ao contrário dos tecidos metálicos. Os limites fornecidos pela maioria dos fabricantes de tecidos sintéticos normalmente são valores abaixo das necessidades da impressão fina e não levam em consideração as possibilidades de uso de quadros auto-tensionantes e reajuste de tensão. Esta pré-tensão pela acomodação da estrutura molecular do material dos fios, se reduz ao longo do tempo e de uso da matriz. A interferência dos fios do tecido na qualidade da imagem é um fato e não deve ser confundido com os limites de capacidade de registro fotográfico e reajuste de tensão.

Nas primeiras horas e em descanso o tecido perde tensão e esta perda gradativamente se reduz até uma “estabilização”. Com o uso sob a pressão do rodo e da ação do fora-contato a tela perderá gradativamente mais tensão até um ponto em que sua utilização não será mais possível.

As tensões admissíveis constantes nos folhetos técnicos dos fabricantes são valores médios e nem sempre são os valores ideais para certas aplicações.

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