A função do bastidor, caixilho ou quadro serigráfico é suportar o tecido serigráfico sob tensão, permitindo ao mesmo tempo o manuseio e repetibilidade de posição da impressão (registro).
Estando esticando, o tecido faz a dosagem da tinta de forma conveniente e permitindo a impressão fora de contato com o substrato a imprimir. Portanto, alguns pontos ficam evidentes quando a performance desejável de um quadro serigráfico.
Rigidez: Não deve sofrer deformações significativas sob efeito da tensão do tecido ou variações climáticas.
Peso: O manuseio deve ser facilitado na medida do possível, portanto é interessante sempre se trabalhar com materiais leves.
Planicidade: O ajuste exato de fora-contato depende desta característica, bem como a uniformidade de esforços sofridos pelo tecido durante a impressão.
Formatos x Materiais: O material utilizado na confecção do quadro, o acabamento do mesmo, as colas e os materiais de vedação usados na esticagem devem ter suas características de resistência avaliadas antes de seu emprego, para resistir aos solventes presentes nas tintas ou materiais utilizados para a limpeza ou reciclagem da matriz.
A composição dos caixilhos pode variar de acordo com a necessidade da resistência a tensão desejada: quadros de madeira pequenos tem melhor estabilidade que quadros desse mesmo material de grandes dimensões, levando-se em conta esse item devemos recordar sempre que quadros de grandes formatos devem ter a espessura “bitola” dos perfis maiores, independentemente do tipo de material utilizado.
Na elaboração das especificações acima, devem-se considerar as dimensões, o material e a construção.
TIPOS DE QUADROS
Quadros de Madeira: São leves resistentes e largamente utilizados. Altas tensões, estabilidade dimensional sob variações climáticas, resistência aos esforços do processo são limitações desse material, que atualmente estão sendo controlados com diferentes bitolas, e tratamentos diferenciados das madeiras e os tipos das mesmas.
Perfilados de Alumínio: Largamente utilizados para médios e grandes formatos. Quadros confeccionados com esse tipo de material são bastante leves, e para um dimensionamento que tenha uma boa resistência mecânica, há perfis com várias espessuras de parede e dimensões físicas. Usualmente, quadros com 50 x 70 cm e acima devem ser perfis de no mínimo 4 cm e paredes a partir de 3 mm de espessura.
Perfilados de Aço: A utilização desses materiais já foi mais explorada, principalmente em quadros de grandes dimensões, pois, fornecia uma grande resistência mecânica às tensões, porém, devido ao seu peso e dificuldade de manuseio foi gradativamente substituído pelos perfilados de alumínio.
Alumínio Fundido: Outro exemplo de grande resistência e alto peso, este tipo de quadros é largamente usados nas indústrias de componentes eletrônicos, indústria esta que utiliza quadros de pequenas dimensões sendo, portanto bastante aceitável o peso do mesmo.
Dentre as novidades, podemos citar os quadros confeccionados com Perfilados de Magnésio e Fibra de Vidro Epóxi, largamente utilizados no mercado Europeu, mas, sem distribuidores nacionais tampouco consumidores até o presente momento.
A confecção de um quadro deverá sempre atender ás especificações do sistema de esticagem, ou seja; quanto maior as dimensões dos quadros maiores deverá ser a espessura dos perfis e das paredes destes para resistir à força de tração do tecido após o tensionamento, e deverá haver conseqüentemente o emprego de soldas mais fortes nos cantos.
Existe também um artifício chamado “alma” utilizada principalmente nos quadros de alumínio, esta “alma” consiste em um perfil interno dentro do perfil para aumentar a resistência do quadro a tensões.
TAMANHO DO QUADRO
A escolha do tamanho do quadro depende da área de impressão e do tipo de impressão. Sempre deve haver uma zona adequada, reservada fora da área de impressão, para os restos de tinta (tinteiro).
Os espaços necessários na lateral e especialmente na altura, devem ser determinados para cada tipo de máquina através de testes práticos. Espaços para restos de tinta muito pequenos podem ocasionar, entre outras coisas, dificuldades de registro e impressões de pouca qualidade. Somente através de testes apropriados é possível escolher os melhores formatos de impressão para as máquinas.
Na impressão de têxteis, o tamanho da área de impressão e o quadro devem ser adaptados ao sistema de rodo, montado de acordo com as instruções do fabricante. Ao contrário da serigrafia gráfica, a impressão de têxteis é geralmente feita através de “contato”, ou seja, não há nenhuma separação física entre a matriz e o substrato a ser impresso.
RECOMENDAÇÕES PARA OS TAMANHOS E PERFIS DOS QUADROS
Na impressão a máquina, o movimento do rodo geralmente se efetua na direção da largura do quadro, ou seja, ao contrário do que se faz na impressão manual. Os espaços necessários na lateral e especialmente no topo e na base, devem ser determinados para cada tipo de máquina através de testes práticos. Espaços para restos de tinta muito pequenos podem dar lugar, entre outras coisas, a dificuldade de registro e impressões pouco limpas. Os tamanhos que uma máquina pode usar devem ser determinados através de tentativas individuais.
Perfis de quadro insuficientemente fortes geram problemas como:
- Perda de tensão no centro da área de impressão
- Registro ruim
- Redução na vida útil da matriz etc.
A tabela a seguir mostra o quanto um quadro flexiona (milímetro) para um determinado perfil e comprimento (centímetro), dada uma certa tensão (newton/centímetros).
PERFIL | COMPRIMENTO | COMPRIMENTO | COMPRIMENTO | |||
18 N/cm | 28 N/cm | 18 N/cm | 28 N/cm | 18 N/cm | 28 N/cm | |
40 x 30 x 2.5 | 0,94 | 1,46 | | | | |
40 x 40 x 2.8/1.7 | 0,76 | 1,18 | | | | |
50 x 40 x 3.5/1.8 | 0,41 | 0,64 | 6,53 | 10,17 | | |
60 x 40 x 3.0/2.0 | 0,27 | 0,42 | 4,28 | 6,66 | | |
80 x 40 x 4.0 | | | 1,49 | 2,32 | 7,54 | 11,74 |
100 x 40 x 4.0 | | | 0,84 | 1,31 | 4,27 | 6,64 |
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