segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

TRATAMENTOS SUPERFICIAIS PARA IMPRESSÃO

O TRATAMENTO CORONA

O tratamento de superfícies plásticas por efeito corona tem sido largamente utilizado nas últimas décadas como um meio efetivo de aumentar a energia superficial desses materiais aumentando deste modo a umectabilidade e a aderência de tintas, adesivos, coatings e laminados.

Teoria: Muito se tem pesquisado sobre os efeitos do tratamento corona, e ainda não se determinou precisamente o mecanismo que produz tal efeito. Algumas teorias qualificam o efeito como:

• Insaturação das moléculas da superfície do material
• Oxidação da superfície formando carbonila e carboxila, radicais meta dirigentes que se compatibilizam com as tintas.
• Rearranjo molecular da superfície.

O que podemos afirmar com certeza é que o tratamento corona melhora a adesão com materiais polares, e a modificação é estritamente superficial.

A capacidade de uma superfície promover a expansão e aderência de um líquido denomina-se umectabilidade.

A tensão de umectabilidade ou tensão superficial dos materiais é mediada em dina por centímetro (d/ cm).
Os filmes estudados têm uma tensão superficial naturalmente baixa, como por exemplo:

• Poliestireno – 33d/ cm
• Polietileno – 31 d/ cm
• Polipropileno – 29 d/ cm

Na prática necessita-se de 40 d/ cm para trabalhos de impressão. Esse aumento e proporcionado pelo tratamento corona
O processo: O tratamento corona consiste no uso de uma descarga de alta voltagem, cujo potencial excedendo o ponto de ruptura de isolação do ar, que é da ordem de 26KV/cm, produz ozônio e óxidos de nitrogênio, os quais oxidam a superfície do filme plástico.
O processo é obtido pela passagem do filme sobre um cilindro de metal aterrado, recoberto por um dielétrico para assegurar uniformidade da descarga elétrica e do tratamento.

Uma estação de tratamento típica é composta de:

• Um eletrodo ao qual é aplicada a alta voltagem
• Um espaço entre o eletrodo e o dielétrico (gap de ar), o qual será ionizado criando o efeito corona e gerando o ozona.
• O material dielétrico, o qual pode suportar altos níveis de voltagem sem romper-se.
• Um plano aterrado, normalmente um cilindro de alumínio sobre o qual é passado o filme.
Podem-se tratar também materiais laminados a outros materiais plásticos, papel e até substratos metálicos, como alumínio.
No tratamento de substratos metálicos utiliza-se um tipo diferente de estação, a qual tem o metal dielétrico aplicado ao eletrodo de descarga, e não ao cilindro de tratamento.

TRATAMENTO SUPERFICIAL DE FLAMAGEM EM TERMOPLÁSTICOS

Superfícies não polares, inertes quimicamente, acompanhadas da baixa tensão superficial de alguns termoplásticos, fazem com que estes sejam pouco ou nada receptivos a tintas de impressão. O polietileno (PE) e o polipropileno (PP), são os plásticos com as maiores tensões superficiais e, por conseguinte, requerem tratamento térmico (flamagem) para se imprimir sobre os mesmos.

A flamagem tem como finalidade aumentar a tensão superficial destes plásticos, para que estes possam ser impressos com tintas, receber etiquetas ou qualquer tipo de marcação mecânica. Não se pode visualizar o efeito deste tratamento, porém a troca das propriedades da superfície pode ser detectada pelos seguintes testes práticos:

• Mergulhar completamente o frasco flamado em água. Uma flamagem correta resultará em um filme de água que cobrirá completamente a superfície do mesmo. Uma má flamagem será constatada se o filme de água se romper imediatamente após se retirar o frasco flamado da água.

• Fita adesiva - Escrever com um lápis sobre a superfície flamada e colar a fita adesiva sobre o local riscado apertando-a firmemente. Retira-se a fita em um só golpe. Um bom flamador reterá a escrita. O mesmo se aplica a frascos já impressos após 24 horas.

A flamagem é essencialmente uma oxidação do plástico mediante a incidência da chama rica em oxigênio. Uma chama convenientemente ajustada e que tenha energia suficiente resultará em troca estrutural do plástico. Esta troca é superficial, porém não permanente. Após o tempo de 10 a 15 horas a superfície flamada perde sua liberação de radicais e volta paulatinamente a seu estado original, por essa razão deve-se imprimir sobre a superfície do substrato neste prazo. Depois deste período deve-se flamar novamente antes da impressão.

NOTA: Se posteriores impressões fora do período que dura o efeito da flamagem se fizerem sobre a primeira ou última impressão ou cor, deverá ser feita uma nova flamagem.


Os materiais que já vem com tratamento oxidativo como mangas e chapas do mesmo de polietileno, é tratada pelo processo corona, o qual foi apresentado anteriormente. Este efeito pode permanecer por meses. O efeito gerado por flamagem com chama é breve. Permite somente imprimir dentro de um turno de trabalho.
Ambos tratamentos são totalmente eficazes e a ativação superficial é intensa. A combinação da oxidação e aquecimento produz um flamado de qualidade na embalagem. A oxidação é obtida através de chamas ricas em oxigênio. Estes oxigênios provêm do ar comprimido empregado na combustão do gás utilizado e através de métodos apropriados. Qualquer gás pode ser utilizado neste processo. Os mais disponíveis são o gás propano doméstico, acetileno e gás metano.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

SERIGRAFIA ROTATIVA



É a tecnologia  que permite a aplicação deste processo onde os processos convencionais não o permitem. Impressões em larga escala, alta definição e reprodução são as suas principais características. Você poderá aplicar tintas com altas camadas de depósito, com pigmentos de grande dimensão, com efeitos especiais e com funções técnicas para os mais variados segmentos de mercados tais como: rótulos e etiquetas, embalagens, impressão de segurança e industrial.

A serigrafia Rotativa permite imprimir:

- Cores opacas e brilhantes;
- Texto e linhas muito finos;
- Imagens táteis, verniz texturizado, verniz localizado;
- Imitações de hot stamping (ouro e prata, tintas UV ), meios-tons (retícula);
- Adesivos e primers;
- Tintas raspáveis,condutivas e catalíticas.











TELA PARA SERIGRAFIA ROTATIVA
As telas para serigrafia rotativa são fabricadas pelo processo de eletroformação,  100% de níquel, com estrutura hexagonal foram desenvolvidas para serem utilizadas em máquinas com processo de serigrafia rotativa. Quando alta qualidade, aliado à estabilidade e vida longa de impressão são necessários.




















sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

TRANSFER

As evidências apontam para um aumento significativo da presença de empresas de Transfer no mercado e também da procura por parte dos consumidores. Com isto, a serigrafia vem ganhando um importante aliado para incrementar as opções de qualidade, principalmente na decoração de tecidos.
Um fato bastante positivo é que, assim como cresceu o setor de Transfer, também aumentou o interesse do público por trabalhos executados com esta técnica. Uma coisa puxa a outra, e as empresas de Transfer vão se tornando cada vez mais técnicas e especializadas naquilo que fazem. Consequentemente, os consumidores passam a ter acesso a produtos de melhor qualidade, o que aumenta seu interesse.
Ao contrário do que acontecia no passado, quando a técnica de Transfer era quase que uma exclusividade das chamadas “empresas artesanais”, hoje  o processo é uma maneira com que muitas empresas ampliam seus rendimentos. Há tanto aquelas empresas que utilizam máquinas de Transfer como um complemento a outras atividades serigráficas como aquelas que se dedicam exclusivamente à técnica. Em ambos os casos, há exemplos bem-sucedidos que aliam produtividade e lucratividade.
Um exemplo claro de que o segmento cresceu é que os anúncios das máquinas e serviços de Transfer, antes restritos às publicações serigráficas, hoje já ocupam alguns programas de televisão e os jornais. Além disso, já se pode encontrar estampas para termotransferência sendo vendidas em lojas de shopping, ou seja, o Transfer está cada vez mais próximo do grande público.
Para quem deseja ingressar no segmento de empresas que trabalham com Transfers, e mesmo para os consumidores mais seletivos, é bom deixar claro que existem tipos diferentes de negócios associados com a técnica de termotransferência:


TRANSFER INDUSTRIAL 

  Pode ser definido com aquele tipo de empresa que está acostumada a receber encomendas que envolvem grandes quantidades e, por isto, trabalham com máquinas pneumáticas, que fazem a transferência com um intervalo certo de tempo.
O processo inclui desde os Tranfers sublimáticos, utilizados na decoração de vestuário esportivo (camisetas de times de futebol), até os Transfers de poliuretano, aplicados em detalhes de roupas íntimas (logotipo de empresas em cuecas, por exemplo), passando pelo Transfer com plastisol, que decora artigos de algodão e são considerados ideais quando adicionados aos trabalhos de uma estamparia têxtil localizada.
O Transfer industrial, na grande maioria dos casos, diminui a participação do operador quanto ao acionamento do equipamento. Ele precisa apenas colocar o material na máquina no tempo devido, para que a produtividade s4ejsa mantida em níveis altos. Há, portanto, no Transfer industrial, um ganho de tempo muito grande. O Transfer industrial pode ser produzido por meio de serigrafia, off-set, rotogravuras, etc. Podemos considerar como semi-industriais as empresas que produzem transfers serigráficos, mas que utilizam para isto prensas manuais.


TRANSFER ARTESANAL

 Este tipo de trabalho está mais relacionado ao Transfer personalizado. Neste processo, há a utilização de sistemas que, geralmente, proporcionam uma resistência menor às estampas. Note que isso não significa que este tipo de processo está necessariamente vinculado às pequenas empresas. Podemos estar falando aqui de fortes empresas serigráficas, mas que usam o Transfer apenas como um complemento para suas atividades.
A técnica artesanal também está relacionada com uma operação mais manual, em que o usuário é quem faz a força para que o tampo da máquina de termotransferência  desça sobre o material que irá receber a decoração.
O Transfer artesanal está mais relacionado com a produção de desenhos feitos por meio de impressões digitais.


TRANSFER PRONTO 

  Há também as empresas que não executam o processo de tranferência, mas simplesmente desenvolvem os desenhos com Transfer para as estampas que serão colocadas nas peças. Estas empresas disponibilizam esses modelos para as que prestam serviços de termotransferência por meio de catálogos completos. Os interessados podem escolher se querem uma grande quantidade de desenhos, como uma coleção toda dedicada a motivos religiosos, por exemplo, ou se quer apenas um modelo de desenho para utilizar em seu dia-dia.
As empresas que produzem estampas também aceitam encomendas para desenhos exclusivos, porém cada uma estipula uma quantidade mínima.

 

TRANSFERÊNCIA DIGITAL DE IMAGEM


Pequenos, multicoloridos, os pedidos dos clientes são o pesadelo de todo serígrafo que imprime sobre vestiário. Mas, aqueles trabalhos podem tornar-se oportunidades que trarão proveito, sob forma de conhecimento em sistemas informatizados de desenho e aparelhos de saída. Os aparelhos digitais para saída sobre Transfer permitem-lhe criar transferidores térmicos no seu sistema de computação e dar saída na imagem, sempre em todas as cores, diretamente sobre papéis especiais para transferência. Usando tais sistemas, você pode produzir e tirar proveito de pequenos pedidos de seus clientes e atrair novos clientes com amostras atrativas que são impraticáveis em serigrafia.

 

TRANSFER EM IMPRESSORAS DE SUBLIMAÇÃO


  Basicamente, os sistemas de sublimação depositam uma tinta especial sobre os papéis para transferência (também chamados de papel de liga direta ou papel com cobertura de polímero). Quando estes “transferidores” são aplicados a tecidos de poliéster, a substratos não porosos cobertos por poliéster (por exemplo, canecas de cerâmica e azulejos, troféus metálicos e placas, plásticos, etc.) a uma temperatura e pressão específica, a tintura entra em sublimação ou se transforma de sólido em gasoso, sem a forma líquida intermediária. A tintura gasosa deixa o papel, depois penetra e se liga ao poliéster no substrato, para criar uma permanente e durável imagem.
Enquanto os equipamentos de saída que usam a sublimação fornecem excelente resolução e transferência durável que trabalham com larga variedade de substratos, você talvez queira evitar algumas das limitações que estes sistemas impõe. Por exemplo, os transferidores de sublimação transferem somente os substratos feitos ou cobertos com poliéster. E ainda que os transferidores de sublimação trabalhem sobre tecidos, canecas de cerâmica esmaltada, placas metálicas e outras superfícies de camadas não porosas, você talvez não queira expandir sua linha de produtos. Você pode também ser induzido a pesquisar alternativas para os transferidores a sublimação porque eles tendem a custar mais por imagem do que aqueles criados por outros processos digitais. Então, quais são suas alternativas para criar transferidores térmicos digitalmente?

  

SISTEMAS NÃO SUBLIMÁVEIS


O melhor lugar para começar quando consideramos alternativas para impressoras de sublimação é exatamente as próprias impressoras de sublimação. Espera aí! Como pode uma impressora de sublimação ser a melhor alternativa para si própria? É simples. Muitas impressoras de sublimação são de dupla finalidade, permitindo-lhe criar o que popularmente é atribuído aos transferidores de cera térmica em adição aos transferidores  de sublimação.

IMPRESSORAS A JATO DE TINTA

Para os que querem dar o passo inicial, o sistema a jato de tinta é a opção mais barata para criar transferidores coloridos em casa. Para produzir um transferidor a calor de uma impressora jato de tinta, muitos fornecedores sugerem as tintas padrão. Contudo, a imagem impressa não será transferida por calor a menos que você utilize um dos papéis especiais que são feitos especificamente para sistemas a jato de tinta. Contudo, o veredicto está suspenso sobre a adequabilidade ou não dos modelos padrão  a jato de tinta em produzir transferidores térmicos.
De qualquer forma, uma vez que um transferidor para jato de tinta é gerado, a imagem é aplicável a quente como a de um transferidor de cera térmica. Mas os transferidores de jato de tinta geralmente têm um ponto de fusão mais baixo do que os de cera térmica e devem ser aplicados com cerca de 300º F. Os transferidores de jato de tinta aplicados, compartilham de muitas das características dos de cera térmica, incluindo uma camada fina depois da aplicação, e eles são aconselhados para tecidos de cores claras incluindo os de 100% algodão, os de 100% poliéster e a mistura de algodão/poliéster. Além disso, da mesma forma que os transferidores de cera térmica, eles não são adequados para canecas, metais ou outros utensílios não porosos.
As impressoras a jato de tinta são geralmente compatíveis com PC ou MAC e são encontrados em qualquer fornecedor de equipamentos de computação a preços que variam de $ 500 a $ 1.000. Mas antes de você investir em uma impressora jato de tinta para gerar transferidores térmicos, considere que estes aparelhos estão entre os mais lentos na geração de imagens multicoloridas  -  o tempo de saída pode exceder os 15 minutos a partir do instante em que a imagem tenha sido liberada para impressora.


COPIADORAS A LASER COLORIDAS (CLC)

Se você estiver atraído pela idéia de gerar transferidores térmicos digitalmente, mas está longe de querer investir em um novo aparelho em virtude do preço, você pode achar que suas necessidades serão satisfeitas ao usar uma copiadora a laser (CLC). Você provavelmente não pretende comprar uma CLC para seu ateliê  -  elas custam de $24.000 a $40.000  -  mas poderá, geralmente Ter acesso a uma  em uma gráfica rápida ou loja de cópias. CLCs que são direcionadas para produção de transferidores térmicos incluem modelos fabricados pela Cannon, Kodak, Minolta, Ricoh e Xerox.
Basicamente, uma CLC é igual a qualquer copiadora de escritório, mas fornece saída em todas as cores ao invés de preto e branco. As imagens são reproduzidas em um destes dois modos: tanto ao colocar uma imagem original multicolorida na face do scanner da CLC ou ao liberar um arquivo digital diretamente para CLC a partir de uma estação de trabalho gráfico. Note que se você decidir investir numa CLC para sua loja para que você possa acessar a copiadora diretamente com seu sistema gráfico de computação, você terá que investir pesadamente num conjunto de interface. Uma empresa afirmou que um conjunto de interface para uma CLC Cannon custa $12.000.
Quando usada como fotocopiadora padrão, as CLCs fornecem o mais rápido tempo de saída para imagens multicoloridas de qualquer tipo de aparelho para gerar imagens para transferidores digitalmente. O tempo é o mesmo quando se estiver produzindo a partir de arquivos digitais, mas você deve dar um tempo adicional de processamento, que dependerá da veloc9idade e potência de sua estação de trabalho gráfico.
Papéis de transferidores para CLC são similares e, em alguns casos, idênticos aos papéis para transferidor usados com impressoras de cera térmica. A temperatura recomendada para aplicar transferidores de CLC oscila numa faixa de 325 a 375º F e varia de acordo com o substrato a que o transferidor está sendo aplicado.
Como os papéis de cera térmica e jato de tinta, a maioria dos papéis para CLC permitem que as imagens sejam transferidas a quente apenas para tecidos de cores claras (100% algodão, 100% poliéster, ou mistura de algodão/poliéster).




ORGANIZANDO SUAS OPÇÕES

Se você abraçou a tecnologia digital, aparelhos para transferência de imagens é logicamente o próximo passo na evolução de seu negócio. Com um pequeno investimento em materiais auxiliares, você pode fabricar transferidores a quente com o equipamento que possui, incluindo impressoras a laser para trabalhos monocromáticos e jato de tinta para os multicoloridos. Se você tiver uma previsão de grande demanda em transferidores a cores de rápida fabricação, pode escolher uma impressora mais cara como a de sublimação ou de cera térmica. Ou, pode evitar o periférico de saída e simplesmente fazer a arte final que será produzida em um papel transferidor de uma copiadora a laser colorida em uma loja de cópias local.
Mas você deveria também determinar o que você quer fazer dos transferidores que você criou. Seriam eles aplicáveis a uma grande variedade de vestuários e substratos duros e não porosos? Teriam eles alta resolução? Seriam eles gerados rapidamente? Forneceriam uma camada fina? E não esqueça do custo por transferidor. Estas considerações podem ajudá-lo como escolher entre sublimação, cera térmica, jato de tinta e tecnologia CLC.

Você deve pensar que pode evitar o assunto de “servicinhos rápidos”. Mas, lembre-se, a maneira mais fácil de se manter competitivo é aumentar o número de clientes que você serve. Os aparelhos digitais de saída para transferidores fornecem um meio de aumentar os negócios ao atrair clientes que você previamente havia descartado. E se você não os tem, a concorrência os terá.



Embora todo o volume de produção e agito por que tem passado o segmento de Transfer esteja sendo visto  por quem acompanha as feiras de serigrafia, a presença dessas empresas no mercado ainda pode ser considerada tímida. Segundo pesquisa realizada pela editora Sertec especializada em serigrafia no mês de setembro/98, apenas 8,1% das confecções paulistas utilizam o Transfer como opção para a decoração de tecidos. Se unirmos este número com o de empresas unicamente em Transfer, teremos uma presença um pouco maior, mas que ainda não chega refletir o potencial que a própria procura dos visitantes das feiras tem revelado.
Estes dados mostram que, embora o público já tenha se dado conta das possibilidades criativas do Transfer, as empresas ainda não têm recorrido à  técnica com a constância de que poderiam dispor para aumentar seus rendimentos.
Temos concluído que as empresas de pequeno porte são as que mais têm contribuído para o crescimento do segmento de Transfer no Brasil. Se tivéssemos uma procura que fosse correspondente por parte das grandes empresas, o volume de negócios gerado teria um crescimento surpreendente, fazendo com que houvesse um aquecimento de mercado que beneficiaria a todos os envolvidos.
Embora possamos identificar claras evidências de eu o segmento de empresas especializadas em Transfer tendem a crescer nos próximos anos, não se trata de uma realidade que possa ameaçar a posição das estamparias no que se refere à decoração de tecidos.
Pelo menos para os próximos anos, podemos dizer que o Transfer deve permanecer como uma opção diferenciada para este tipo de trabalho, ainda que sua presença deva Ter um destaque muito maior. Além disso, o Transfer não representa uma concorrência direta com as estamparias porque ambos respondem por processos e resultados bastante diferentes.
A estampa convencional tem a característica de apresentar um toque menor em relação à tinta e, na grande maioria dos casos, permite um custo também reduzido. Isto ocorre por causa do próprio aspecto da tinta utilizada e seu manuseio durante o processo.
Já um Transfer plastisol, por exemplo, permite a reprodução de detalhes bem mais nítidos. Isto se o seu  desenvolvimento  respeitar todos os critérios de qualidade exigidos para um bom resultado, como  o uso de uma malha mais fechada.
Um outro fator positivo que se relaciona ao Transfer é que a empresa não terá desperdício de peças produzidas quando um desenho específico sair da moda. Isto se deve graças ao fato de que a estampa é impressa em um papel especial e só será transferida para uma camiseta, por exemplo, quando houver demanda. Se um cliente pede 50 camisetas com determinado desenho, só então você começara o processo de transferir a imagem para o exato número de peças encomendadas. Antes e depois disto, você não terá seus estoques repletos de camisetas estampadas esperando por um comprador, pois tudo o que você poderá ter guardado é a única folha de papel em que está a imagem impressa.


PARA QUEM QUER PRODUZIR TRANSFERS SERIGRÁFICOS

O primeiro caminho é saber que tipo de material receberá a decoração por meio de Transfer. Mesmo se a resposta for tecido, é importante saber quais as suas principais características, ou seja, saber se o tecido é de algodão, poliéster, etc.
Caso você ainda não tenha comprado a prensa para a transferência, espere. Procure, inicialmente, comprar a base para impressão (papel ou filme) e a tinta adequada ao tipo de Transfer desejado. Em seguida, produza alguns Transfers, seguindo basicamente, as orientações dos fornecedores, ou mesmo dos fabricantes de tinta, quando isto for possível. Geralmente, os boletins técnicos de uma tinta indicam quais os tipos de malha, rodo, diluição, secagem, etc.
Feito isto, entre em contato com a revenda de prensas e verifique a possibilidade de conhecer o equipamento, testando-o nas suas próprias condições  de trabalhar (por exemplo: uma camiseta meia-malha).
Finalmente, faça testes de lavagem, respeitando antes algumas orientações do fabricante e verifique se irá atingir suas necessidades.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

OS QUADROS SERIGRÁFICOS



 A função do bastidor, caixilho ou quadro serigráfico é suportar o tecido serigráfico sob tensão, permitindo ao mesmo tempo o manuseio e repetibilidade de posição da impressão (registro).

 Estando esticando, o tecido faz a dosagem da tinta de forma conveniente e permitindo a impressão fora de contato com o substrato a imprimir. Portanto, alguns pontos ficam evidentes quando a performance desejável de um quadro serigráfico.

Rigidez: Não deve sofrer deformações significativas sob efeito da tensão do tecido ou variações climáticas.

Peso: O manuseio deve ser facilitado na medida do possível, portanto é interessante sempre se trabalhar com materiais leves.

Planicidade: O ajuste exato de fora-contato depende desta característica, bem como a uniformidade de esforços sofridos pelo tecido durante a impressão.

Formatos x Materiais: O material utilizado na confecção do quadro, o acabamento do mesmo, as colas e os materiais de vedação usados na esticagem devem ter suas características de resistência avaliadas antes de seu emprego, para resistir aos solventes presentes nas tintas ou materiais utilizados para a limpeza ou reciclagem da matriz.

A composição dos caixilhos pode variar de acordo com a necessidade da resistência a tensão desejada: quadros de madeira pequenos tem melhor estabilidade que quadros desse mesmo material de grandes dimensões, levando-se em conta esse item devemos recordar sempre que quadros de grandes formatos devem ter a espessura “bitola” dos perfis maiores, independentemente do tipo de material utilizado.

Na elaboração das especificações acima, devem-se considerar as dimensões, o material e a construção.



TIPOS DE QUADROS

Quadros de Madeira: São leves resistentes e largamente utilizados. Altas tensões, estabilidade dimensional sob variações climáticas, resistência aos esforços do processo são limitações desse material, que atualmente estão sendo controlados com diferentes bitolas, e tratamentos diferenciados das madeiras e os tipos das mesmas.

Perfilados de Alumínio: Largamente utilizados para médios e grandes formatos. Quadros confeccionados com esse tipo de material são bastante leves, e para um dimensionamento que tenha uma boa resistência mecânica, há perfis com várias espessuras de parede e dimensões físicas. Usualmente, quadros com 50 x 70 cm e acima devem ser perfis de no mínimo 4 cm e paredes a partir de 3 mm de espessura.

Perfilados de Aço: A utilização desses materiais já foi mais explorada, principalmente em quadros de grandes dimensões, pois, fornecia uma grande resistência mecânica às tensões, porém, devido ao seu peso e dificuldade de manuseio foi gradativamente substituído pelos perfilados de alumínio.

Alumínio Fundido: Outro exemplo de grande resistência e alto peso, este tipo de quadros é largamente usados nas indústrias de componentes eletrônicos, indústria esta que utiliza quadros de pequenas dimensões sendo, portanto bastante aceitável o peso do mesmo.

Dentre as novidades, podemos citar os quadros confeccionados com Perfilados de Magnésio e Fibra de Vidro Epóxi, largamente utilizados no mercado Europeu, mas, sem distribuidores nacionais tampouco consumidores até o presente momento.


A confecção de um quadro deverá sempre atender ás especificações do sistema de esticagem, ou seja; quanto maior as dimensões dos quadros maiores deverá ser a espessura dos perfis e das paredes destes para resistir à força de tração do tecido após o tensionamento, e deverá haver conseqüentemente o emprego de soldas mais fortes nos cantos.

Existe também um artifício chamado “alma” utilizada principalmente nos quadros de alumínio, esta “alma” consiste em um perfil interno dentro do perfil para aumentar a resistência do quadro a tensões.


TAMANHO DO QUADRO

A escolha do tamanho do quadro depende da área de impressão e do tipo de impressão. Sempre deve haver uma zona adequada, reservada fora da área de impressão, para os restos de tinta (tinteiro).
Os espaços necessários na lateral e especialmente na altura, devem ser determinados para cada tipo de máquina através de testes práticos. Espaços para restos de tinta muito pequenos podem ocasionar, entre outras coisas, dificuldades de registro e impressões de pouca qualidade. Somente através de testes apropriados é possível escolher os melhores formatos de impressão para as máquinas.
Na impressão de têxteis, o tamanho da área de impressão e o quadro devem ser adaptados ao sistema de rodo, montado de acordo com as instruções do fabricante. Ao contrário da serigrafia gráfica, a impressão de têxteis é geralmente feita através de “contato”, ou seja, não há nenhuma separação física entre a matriz e o substrato a ser impresso.




RECOMENDAÇÕES PARA OS TAMANHOS E PERFIS DOS QUADROS

Na impressão a máquina, o movimento do rodo geralmente se efetua na direção da largura do quadro, ou seja, ao contrário do que se faz na impressão manual. Os espaços necessários na lateral e especialmente no topo e na base, devem ser determinados para cada tipo de máquina através de testes práticos. Espaços para restos de tinta muito pequenos podem dar lugar, entre outras coisas, a dificuldade de registro e impressões pouco limpas. Os tamanhos que uma máquina pode usar devem ser determinados através de tentativas individuais.

Perfis de quadro insuficientemente fortes geram problemas como:
  • Perda de tensão no centro da área de impressão
  • Registro ruim
  • Redução na vida útil da matriz etc.

A tabela a seguir mostra o quanto um quadro flexiona (milímetro) para um determinado perfil e comprimento (centímetro), dada uma certa tensão (newton/centímetros).

PERFIL
COMPRIMENTO
100 cm
COMPRIMENTO
200 cm
COMPRIMENTO
300 cm
18 N/cm
28 N/cm
18 N/cm
28 N/cm
18 N/cm
28 N/cm
40 x 30 x 2.5
0,94
1,46




40 x 40 x 2.8/1.7
0,76
1,18




50 x 40 x 3.5/1.8
0,41
0,64
6,53
10,17


60 x 40 x 3.0/2.0
0,27
0,42
4,28
6,66


80 x 40 x 4.0


1,49
2,32
7,54
11,74
100 x 40 x 4.0


0,84
1,31
4,27
6,64

Os quadros de serigrafia não devem ter bodas vivas, cantos agudos e rebarbas, pois eles podem danificar o tecido, o que pode fazer com que este se rasgue ao ser esticado.