PRINCÍPIO DE IMPRESSÃO TAMPOGRÁFICA
A Tampografia é um processo de impressão indireta e
encavográfica (baixo-relevo) que consiste na transferência de
tinta do clichê (matriz) para a peça a ser
decorada através do tampão. Primeiramente a tampografia era vista como uma arte
de simples decoração e hoje se tornou um sistema de impressão capaz de imprimir em superfícies irregulares,
côncavas, convexas, planas, etc. Sua grande vocação é para as impressões de
pequenas áreas, mas com os avanços tecnológicos da tampografia e de seu
desenvolvimento a nível industrial, é possível a impressão em áreas de até 300
x 300 mm.
Este processo tem sido um forte aliado da sergrafia, permitindo que impressores consigam sem muita dificuldade imprimir em objetos irregulares.
PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM DIRETAMENTE
NA QUALIDADE
Para que a impressão
final tenha qualidade é necessário que a gravação do clichê seja perfeita, pois
este é um dos itens mais importantes no processo de impressão tampográfica.
A garantia de um clichê
com gravação de qualidade começa com a arte final.
O profissional
responsável pela criação das imagens deve possuir conhecimentos específicos
deste processo, como tipos de retículas, lineaturas de retículas, máximas e
mínimas do percentual de cobertura reproduzíveis pelo processo. Além de possuir
conhecimentos específicos de seleção de cores para tampografia.
Para produzir-se uma
arte final é ideal ter-se um desenho técnico do logotipo, mas com um arquivo
digital é possível realizar a arte final.
Atualmente
existem duas formas de gravação de clichês, o sistema digital e o convencional. No sistema digital utilizamos equipamentos de
gravação a laser em metal, já no convencional utilizamos o filme (fotolito)
para gravar os clichês.
O
fotolito é um filme que será utilizado para a revelação do clichê. Caso a
impressão desejada tenha mais de uma cor, deve-se determinar com precisão o
registro das cores na imagem. Sugere-se que o fotolito tenha sempre o contorno
do clichê demarcado, isto garante um perfeito posicionamento.
A gravação do clichê é
feita por processo fotoquímico, sua profundidade de gravação varia de 18 a 30 mícron.
A nitidez da impressão diminui à medida que a profundidade aumenta.
TIPOS DE CLICHÊS
• Aço
temperado: tiragens de um milhão de peças ou mais. Com uma espessura de 10
mm pode ser retificado e regravado de 3 a 10 vezes (dependendo do tipo de
tinteiro e da profundidade da gravação existente). O material base deste tipo
de clichê é o aço VND temperado com superfície retificada, sua dureza varia de
58 a 64 RC. Para as máquinas da tecnologia de lâmina esse tipo de clichê pode
utilizar as lâminas flex e rígida, somente deve ser trocado o aparador do
conjunto raspador.
• Flex:
para tiragens de 30 a 100 mil impressões. O material base é aço temperado,
porém sua espessura é de apenas 0,5 mm. O que não permite que seja retificado e
regravado. Em conjunto com o clichê flex deve ser utilizado uma base para a
fixação do mesmo. Para as máquinas da tecnologia de lâmina esse tipo de clichê
pode utilizar somente a lâmina flex, caso contrário o clichê será danificado.
• Nylon:
para tiragens até 20 mil impressões. Sua qualidade de gravação é um pouco
inferior à do "aço temperado" e do "flex".
TAMANHOS DE CLICHÊS
Os tamanhos de clichês variam de acordo com:
• Modelo da
máquina
• Tipo de tinteiro
UTILIZAÇÃO
DO CLICHÊ
A vida útil do clichê é determinada por:
TIPOS DE
TINTAS
·
Monocomponente
Este tipo de tinta seca por evaporação dos diluentes, finalizando seu processo de cura (secagem final da tinta) no substrato (peça impressa). O tempo de cura deste tipo de tinta é de 24 horas. Só então se aconselha realizar testes de aderência.
Este tipo de tinta seca por evaporação dos diluentes, finalizando seu processo de cura (secagem final da tinta) no substrato (peça impressa). O tempo de cura deste tipo de tinta é de 24 horas. Só então se aconselha realizar testes de aderência.
·
Bicomponente
Este tipo de tinta exige catalisador para aumentar sua resistência mecânica, ou seja, para aumentar as propriedades de aderência da tinta ao substrato. Este tipo de tinta só deve ser adquirido juntamente com seu respectivo catalisador. Seu tempo de cura é de 72 horas. Só então se aconselha realizar testes de aderência.
Este tipo de tinta exige catalisador para aumentar sua resistência mecânica, ou seja, para aumentar as propriedades de aderência da tinta ao substrato. Este tipo de tinta só deve ser adquirido juntamente com seu respectivo catalisador. Seu tempo de cura é de 72 horas. Só então se aconselha realizar testes de aderência.
PREPARAÇÃO DAS TINTAS
1. Monocomponentes: Devemos separar num copo descartável (de papel
branco com filme em polietileno), a quantidade de tinta necessária de acordo
com a capacidade do tinteiro. Adicione o diluente até atingir a viscosidade
ideal (aproximadamente 10% de diluente).
2. Bicomponentes: Devemos separar num copo descartável, a
quantidade de tinta necessária, adicione o catalisador na proporção de 10% ou
de até 20% do "peso" da tinta. Misture bem e somente então, adicione
o diluente até atingir a viscosidade ideal (aprox. 18% de diluente). Nunca bata
a tinta, pois isto pode provocar a formação de bolhas de ar na tinta.
Nota: A quantidade ideal de adição de catalisador em
tintas bicomponentes é de 10%. Entretanto, em alguns casos pode ser necessário
a adição de até 30% de catalisador. Esta quantidade não deve ser maior, pois
caso contrário a tinta não completará seu processo de catalisação. Além disso,
quanto maior a quantidade de catalisador utilizada, menor será a vida útil da
tinta no tinteiro, pois a tinta endurecerá.
3. Diluentes:
Em tampografia, os produtos que são utilizados para
diluir a tinta são denominados "diluentes". Em serigrafia, diluente e
solvente são a mesma coisa.
O diluente auxilia na aderência da tinta, pois ele "ataca" peças plásticas e faz com que a tinta "ancore" sobre a peça.
O diluente possui várias composições. Cada tipo de plástico é atacado por um determinado tipo de diluente.
Geralmente, sabendo-se o material base da peça,
determina-se o tipo de diluente correspondente.
A evaporação do diluente é algo muito importante. Alguns deles possuem
evaporação lenta e outros evaporação rápida.
Os diluentes de evaporação lenta devem ser
utilizados em tintas para impressão em produtos de difícil aderência, pois ao
sofrerem um processo lento de evaporação os mesmos permanecem um maior tempo em
contato com o produto.
Já os diluentes de evaporação rápida (inclusive no
tinteiro) devem ser utilizados quando for necessário uma secagem imediata,
permitindo um leve toque na impressão sem que a mesma seja afetada.
4. Retardadores: Os retardadores são diluentes com evaporação lenta. Eles devem ser
utilizados em conjunto com o diluente da tinta.
Os retardadores controlam a evaporação fazendo com que a secagem da tinta no tinteiro e a secagem da tinta na peça sejam mais lentas, porém sem afetar o tempo de cura da tinta.
Os retardadores controlam a evaporação fazendo com que a secagem da tinta no tinteiro e a secagem da tinta na peça sejam mais lentas, porém sem afetar o tempo de cura da tinta.
5. Catalisadores: Os catalisadores são partes integrantes das tintas Bicomponentes. Cada catalisador possui uma tinta específica.
6. Solventes: Os solventes são produtos para limpeza. Não devem ser utilizados na
tinta. Sua utilização está restrita a limpeza do tampão, recuperação de peças
mal-impressas, limpeza de todas as peças e acessórios da máquina que entram em
contato com a tinta.
· TRATAMENTO
DE SUPERFÍCIE / PÓS-IMPRESSÃO:
Especialmente indicado para tratar peças de metais e vidro.
Através deste método, as peças, depois de impressas, são submetidas a altas temperaturas (60° - 150° C). O calor faz com que a secagem e o tempo de cura da tinta sejam acelerados além de proporcionar um aumento nas propriedades de aderência.
· TESTES DE
ADERÊNCIA
Há várias formas de testar-se a qualidade de
aderência da tinta no substrato. Estes testes só devem ser feitos após completo
o tempo de cura da tinta (monocomponente - 24h / bicomponentes - 72h). Conheça abaixo as formas mais utilizadas:
· Raspagem - raspa-se a superfície onde a tinta foi aplicada com a unha ou com
qualquer outro objeto.
· Aderência - aplica-se uma fita de durex (diversos tipos disponíveis no mercado) e
puxa-se a mesma no sentido oposto ao da peça.
· Grade - risca-se a tinta no sentido vertical e horizontal (medida de 1 mm)
"cortando-se" a tinta e o substrato. Aplica-se e retira-se o durex conforme descrito acima. Avalia-se então se o percentual de tinta destacada do
substrato é aceitável.
· Álcool- passa-se um tecido de 450g de peso, embebido em álcool sobre a área
onde a tinta foi aplicada. Esfrega-se o tecido sobre a tinta quantas vezes
forem necessárias para garantir que o percentual e tinta destacada do
substrato é aceitável.
Outros Produtos Químicos - Podem ser utilizados de
acordo com as exigências individuais de cada cliente.
TAMPÃO
O
tampão é utilizado para transferir a tinta do clichê para a peça que se
pretende imprimir. Ele é composto de borracha de silicone, óleos de silicone e
outros componentes.
Dessa forma os tampões
são flexíveis e geralmente fabricados num formato pontiagudo, existindo dos
mais variados tamanhos, formatos e durezas. A dureza do tampão é determinada em
shores, e ela varia entre 8 e 18 shores, sendo essa escala do menos duro para o
mais duro.
A dureza do tampão pode
ser especificada no momento do pedido, caso não seja especificado, fornecemos
na dureza de 12 shores. A superfície do tampão deve ter uma moldagem perfeita
para garantir que a transferência da tinta ocorra sem irregularidades.
Para garantir qual o modelo de tampão mais adequado e sua respectiva dureza deve se levar em consideração: impressão a ser feita e o formato da peça. Uma vez que a combinação entre a legenda e o modelo da peça pede um tampão diferente, devido que o modelo incorreto pode levar a uma impressão sem a qualidade desejada.
Tampões com mais massa evitam, por exemplo, deformações na legenda. Uma vez que quanto maior o volume do tampão, menor será a distorção da imagem.
Tampões com maior dureza tendem a ter melhor resultado para legendas com maior riqueza de detalhes, e com menor dureza tendem a se amoldar melhor em peças de superfície irregular.
Para garantir qual o modelo de tampão mais adequado e sua respectiva dureza deve se levar em consideração: impressão a ser feita e o formato da peça. Uma vez que a combinação entre a legenda e o modelo da peça pede um tampão diferente, devido que o modelo incorreto pode levar a uma impressão sem a qualidade desejada.
Tampões com mais massa evitam, por exemplo, deformações na legenda. Uma vez que quanto maior o volume do tampão, menor será a distorção da imagem.
Tampões com maior dureza tendem a ter melhor resultado para legendas com maior riqueza de detalhes, e com menor dureza tendem a se amoldar melhor em peças de superfície irregular.
· Tipos de
tampões:
Temos tampões com dois tipos de matéria prima:
silicone de tonalidade rosada, e outro, branco. A diferença entre eles é a
resistência mecânica e o preço.
· Conservação
dos tampões:
A limpeza, a utilização e a armazenagem devem ser
feitas de formas adequadas. Para prolongar a vida útil do tampão, sugerimos:
O tampão tem uma oleosidade própria de sua matéria
prima. Quando novo o solvente de limpeza permite a retirada da oleosidade do
tampão sem que a sua composição seja alterada.
· Procedimento de limpeza:
Um pedaço de papel absorvente deve ser embebido com solvente e passado
levemente no tampão. Em seguida, devem-se imprimir com o tampão algumas vezes
sobre um papel comum para que o excesso do solvente seja retirado. Este
solvente é indicado
Com o tempo de uso, o tampão pode apresentar
acúmulo de resíduos das peças que imprimiu. Neste caso, limpá-lo com fita
adesiva comum. Pegar uma fita adesiva larga e utilizá-la para a remoção do
excesso de tinta.
Para aumento da vida útil do tampão, tenha sempre
no mínimo 2 unidades deste acessório. Intercale os dias de utilização dos mesmos.
Armazene-o limpo (sem
resquícios de tinta) em local limpo e fora da embalagem
Isto garantirá que a sua qualidade permaneça
inalterada e utilize o fluído para tampão fornecido geralmente pelo fabricante,
ao término da produção.
Não armazene o tampão por
mais de 3 meses. Após este
prazo, adquira um novo tampão para garantir que sua impressão não seja
prejudicada.
TINTEIROS
·
Tinteiro
Selado Monocolor ou Bicolor
Revolucionário
sistema que equipa opcionalmente as impressoras Tampográficas. Trabalhando sem
lâminas, mantém a tinta selada em um reservatório hermético proporcionando:
-
Evaporação de solvente praticamente inexistente.
- Grande economia de tinta nas trocas e limpezas.
-
Grande estabilidade na viscosidade da tinta.
- Possibilidade de grandes intervalos entre impressões (até semanas).
- Dispensa a limpeza da máquina ao final do período produtivo (com tintas
monocomponentes não agressivas).
-
Possibilidade de imprimir 2 cores não intercaladas com um só tampão e clichê.
- Dispensa os ultrapassados dosadores de diluente.