quinta-feira, 15 de março de 2012

IMPRESSÃO COM TINTA A BASE DE SOLVENTE E ULTRA VIOLETA


Na impressão manual, automática ou semi-automática, primeiramente, devemos ajustar o fora de contato da tela,  que é o menor espaço possível entre a tela e o substrato  a ser impresso, geralmente entre 2 a 8mm. Fora de contato acentuado tendem  a deformar a imagem impressa.
A tinta é depositada na área de tinteiro da tela e espalhada sem pressão sobre área da imagem com o rodo (manual) ou Espátula (máquinas), logo que a tinta alcança a área de recuo da matriz,  deverá ser realizada a impressão da imagem, empregando pressão, velocidade e inclinação adequada ao rodo impressor.
 



IMPRESSÕES

1º Passo
Pré-Impressão

Esta primeira etapa é fundamental para o melhor resultado final, pois é onde determinaremos todas as diretrizes para o processo.

Começa pelo recebimento da imagem original a ser reproduzida (hoje em dia é muito comum estar na forma de arquivo digital). É desejável que venha acompanhada de uma prova de cor, que será de muita importância para referenciar todo o trabalho. Após analise da imagem determinaremos como esta, será melhor reproduzida, orientando a seleção e confecção dos fotolitos.

Passamos agora para a preparação das matrizes, mais conhecidas como "tela" que devem ser selecionadas com muito critério técnico, observando sempre a imagem original, o suporte a ser impresso e os materiais aplicados. Estes irão determinar o formato da matriz, o numero de fios do tecido tencionado, e a formação do estêncil (camada fotossensível que irá formar a imagem na tela). 



2º Passo
Organização para Produção

Neste momento é quando organizamos os materiais a serem utilizados no processo. O primeiro é o beneficiamento do substrato, ou seja, o material que será impresso (que pode ser rígido ou flexível, poroso ou impermeável, liso ou texturizado, enfim, qualquer característica é aceitável desde que observada e controlada). Devemos estar atentos também às medidas necessárias, margens de sobra, linhas de corte e esquadro (para garantir um bom registro das impressões).


3º Passo
Impressão

Em equipamentos poderemos optar por duas formas de execução da impressão: equipamentos manuais ou semi-automáticos. No equipamento de impressão manual fixa-se a matriz no suporte da mesa, ajusta-se a altura ideal para melhor descarga de tinta (que irá variar de acordo com o formato do substrato) demarcando na mesa, a posição exata das peças.

Coloca-se a tinta e manualmente pressiona-se o rodo sobre a tela, deslizando até completar toda a extensão da imagem. (Quando posicionada a tela para a impressão, é acionado o sistema de vácuo no tempo, que prende o substrato com total segurança para registro).Observar que todo o controle da impressão estará na ação de inclinação, pressão e velocidade ideais, que serão habilidades requeridas do impressor.Para o equipamento de impressão semi-automático, também procedemos com os ajustes na mesma seqüência do equipamento manual: fixação e ajuste da altura da matriz, registro da imagem e guias para substrato. Como o entintamento e ação do rodo são efetuados pelo conjunto impressor, temos agora os ajustes da espátula (que faz a cobertura de tinta da matriz), a pressão/inclinação do rodo que nos proporciona uma impressão controlada, já que estes ajustes serão fixos e constantes durante todo o trabalho. Quando posicionada a tela para impressão automaticamente, é acionado o sistema de vácuo no tampo que prende o substrato com total segurança para registro.

A secagem da tinta nas peças varia conforme a tecnologia química utilizada. Quando da utilização de tintas "convencionais" a secagem é feita pela evaporação dos solventes, necessitando da colocação das peças, logo após a impressão, em secadores de bandeja (que necessitam de tempo considerável para secagem e continuidade do processo) ou secagem forçada por estufa (equipamento especifico para este fim). Quando da utilização de tintas U.V. (tecnologia de cura por radiação), as peças necessariamente deverão passar pela curadora para secagem da tinta. 

4º Passo
Acabamento


Etapa final do trabalho onde serão aplicados os processos necessários para a formação final do produto.

Exemplo: banner - necessita de solda, madeira, ponteiras, cordão, faixas soldas, ilhoses, etc. cada produto tem sua particularidade.


IMPRESSÃO DE DETALHES FINOS

Nesta parte, vamos mostrar alguns parâmetros sobre a impressão, que são os valores limites da espessura de linhas que podem ser copiadas e impressas em serigrafia.

Valores limites e mudanças de dimensão influenciados pela tela
Em impressão serigráfica, o valor limite de espessura de linhas que podem ser reproduzidas ou impressas e a extensão das mudanças de dimensão que ocorrem são consideravelmente influenciadas pela tela.

Em particular, os seguintes fatores são decisivos:
* Tipo de fio;
* Número de fios por cm ou polegada;
* Espessura dos fios;
* Abertura da malha;
* Posição angular das linhas em relação à direção dos fios da tela.
Tipo de fio

Devemos utilizar somente tecidos de monofilamento de poliéster, fixados por esticagem pneumática em quadros de alumínio.

Número de fios, espessura dos fios e abertura da malha

Os valores limites para a espessura de linha finas que podem ser reproduzidas, bem como as mudanças de dimensão que resultam, são determinadas pelo número de fios, espessura dos fios e abertura da malha, são vistos na ilustração seguinte.
A ilustração ao lado mostra que com uma tela de fios tipo HD e com uma tela de fios mais finos e valores relativamente altos (140 T), a proporção de superfície aberta é maior do que a superfície dos fios.



A influência da possibilidade de reprodução de linhas finas da relação entre a superfície aberta é mostrada na figura abaixo, com matrizes de uma imagem técnica de uma linha de espessura de 100 microns (0,1 mm).



 
Avaliando as micro-fotografias anteriores, percebemos que uma linha de 100 micron só pode ser impressa com telas de poliéster 95 T e 120 T, somente, sob certas condições.
As diferentes relações entre a superfície dos fios e das aberturas com telas de poliéster 95 T e 120 T têm somente um efeito na largura da linha impressa.

Posição angular da linha em relação a direção do fio da tela da matriz

Os valores limite da espessura de linhas que podem ser impressas e a mudança de dimensão que ocorre é ainda influenciada pelo ângulo entre a linha e direção dos fios da tela.
Depois de numerosas experiências e medições em imagens impressas, o ângulo de 22,5 graus foi considerado como sendo o melhor para impressão de linhas finas.





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