A serigrafia dividi-se em dois tipos de impressão: plana e rotativa. Na primeira utilizamos os tecidos fixados em molduras formando as telas planas e na outra utilizamos os cilindros que possuem uma tela de níquel em forma de camisa fabricada por eletroformação. Para impressão localizada utilizamos a serigrafia plana e para impressão a metro, a serigrafia rotativa. Cada um desses processos possuem suas características próprias.
Com a serigrafia é possível imprimir sobre qualquer material: tecido, papel, vidro, madeira, metal, etc. É possível imprimir sobre objetos de vários formatos como: quadrado, retangular, elíptico, circular, grande, pequeno, finos, grossos, brancos, coloridos e transparentes.
Na serigrafia podem ser usados equipamentos e máquinas que melhoram e aumentam a produção. Na impressão serigráfica plana manual a produção deve ficar próximo de 300 impressos/hora, com máquinas impressoras semi-automáticas a produção chega a 800 impressos/hora, em equipamentos automáticos esse número alcança 3600 impressos/hora. Na impressão serigráfica rotativa a produção é de 125 m/min.
A serigrafia é um processo cuja aplicação é simples do ponto de vista dos requerimentos mecânicos necessários, em relação aos demais processos de impressão existente.
O conhecimento geral científico envolvido na “tecnologia serigráfica” incluiu física, matemática e físico – químico (estatísticas, geometria, conjuntos, reologia).
Os ramos de aplicação deste processo são amplos, e envolvem praticamente todos os tipos de acabamento com médios ou grandes depósitos de tinta impressa:
. Embalagens plásticas cônicas ou tubulares;
· Decoração têxtil a metro ou localizada;
· Decoração em vidros e cerâmicas;
· Decoração em metais;
· Displays em plásticos rígidos;
· Publicação em plásticos auto-adesivos;
· Impressos em DVD e CDR;
· Impressos em todo o tipo e superfície;
· Painéis de comunicação visual;
· Pôster publicitários termos-formados;
· Etiquetas e rótulos;
· Decoração para embalagens de comestíveis;
· Gigantografias para outdoors;
· Painéis de aparelhos elétricos e eletrônicos;
· Transferência de imagem em circuito impresso;
· Isolação térmica e dielétrica em circuito impresso;
· Confecção de transfers (sublimáticos ou plastisol);
· E as artes plásticas em geral.
Todas estas aplicações têm suas particularidades, mas cuja base tecnológica é o conhecimento serigráfico.
Algumas destas aplicações são consideradas de alta tecnologia enquanto outras como, por exemplo, as de finalidade publicitárias ou artísticas são consideradas de menor nível técnico o que é uma inverdade.
O apuro técnico é necessário dentro de qualquer aplicação, e o grau de dificuldade de produção tende a diminuir quando utilizamos tecnologia e métodos de controle bastante apurados.
A necessidade de maior ou menor quantidade de domínio tecnológico de um processo esta relacionada a este nível de exigência, e não intrinsecamente ao tipo de produto que utiliza certo processo. Muitas vezes nos deparamos com a argumentação de que “estamos no Brasil”, e que certas exigências de qualidade são descabidas. Ou então ouvimos que o uso de certos equipamentos, certos instrumentos, certos materiais – e por decorrência certo nível de conhecimentos – são úteis apenas no 1º mundo, não havendo qualquer interesse para a realidade nacional.
Vale lembrar que aqui tratamos do grau de desenvolvimento tecnológico de um país, de uma empresa, de um profissional, de um processo produtivo, que estamos discutindo.
Devemos levar em conta que o bom andamento de um processo em escala produtiva, da qualidade final de um trabalho, bem como de sua entrega em tempo e com a garantida satisfação do cliente dependem de todos em qualquer escala, da recepcionista que é a porta de entrada de um cliente, do setor de vendas que deve ter pleno conhecimento dos processos da fábrica para não prometer prazos infundados e nem produtos inexistentes, de custos que deve avaliar muito bem os itens a serem utilizados para não causar ônus à empresa ou transmitir ao consumidor final valores infundados e finalmente nós os serígrafos que devemos realizar trabalhos primorosos para que o consumidor saiba valorizar o produto final e pagar o valor agregado (lucro) que tanto necessitamos.
O Brasil possui uma defasagem muito grande em capacitação profissional, quando comparado com outros países em desenvolvimento. Os investimentos em educação profissional são insuficientes frente a crescente demanda das empresas por mão-de-obra qualificada, dificultando inclusive o desenvolvimento das empresas que atuam na área de serigrafia. Poucas são as instituições de ensino profissionalizantes no Brasil que oferecem o curso de serigrafia. Recentemente, recebi com muita alegria a notícia que a SGIA (SPECIALTY GRAPHIC IMAGING ASSOCIATIATION) dos USA, estaria chegando ao Brasil, para lançar uma associação nacional, voluntária, para a melhoria da comunidade brasileira de “especialidade em imagens”, que compreende imagens digitais, serigrafia e muitas outras tecnologias de imagens. A organização irá auxiliar os impressores brasileiros, fornecedores e instituições educacionais a criarem um network de recursos educacionais e troca de informações. A SGIA é reconhecida internacionalmente, várias empresas no Brasil são associadas a SGIA. Não podemos negar, que a SGIA Brasil vai criar todo uma atmosfera favorável para o futuro da serigrafia no Brasil, contribuindo desta forma, para o desenvolvimento da serigrafia nacional.
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