De acordo com estudos realizados pela consultoria norte-americana Persistence Market Research, o mercado da impressão digital, método de impressão no qual a imagem é gerada a partir da entrada de dados digitais direto do computador para a impressora, tende a crescer 15% ao ano pelos próximos sete anos.
As primeiras prensas de impressão digital surgiram no mercado no início dos anos 90 utilizando tintas à base de água. Nessa época, a comunicação visual que utilizava esse meio só abastecia interiores, pois as imagens impressas com tinta à base de água eram consumidas pela luz solar e não tinham muita resistência.
Com o crescimento das publicidades externas, foi necessário desenvolver um sistema mais eficiente. Surgiram, então, as impressoras com tintas solventes, o que melhorou de forma elevada o desenvolvimento das campanhas publicitárias.
Porém, devido às tintas serem carregadas de solventes, não se adequavam plenamente com as lonas do mercado e nem com os vinis, pois uma reação química em contato com o PVC fazia os banners encanoarem, de modo que as artes precisavam ficar secando por um longo tempo para a total evaporação do solvente da tinta, e ainda havia mais um agravante: as máquinas de entrada com tinta solvente não ofereciam uma boa definição de imagem, pois os pontos dos jatos de tinta eram grandes (100 picolitros por ponto) e, ainda, a produção era lenta (cerca de 6 metros por hora).
Com a cobrança do mercado e dos anunciantes, as empresas mundiais de fabricação de impressoras jatos de tinta para comunicação visual começaram a desenvolver tintas e modificar as cabeças de impressão, até mesmo a quantidade de cabeças por máquina, para acelerar o processo. Nesse processo, chegou-se à tinta ecossolvente, que possuía menos solvente, era mais produtiva e oferecia maior rendimento, o que acelerou as pesquisas no mercado de impressão digital.
Surgiram logo a seguir as tintas UV, um grande avanço, mas com preços nada convidativos. Temos ainda a última apresentação com apelo ecológico, as máquinas de impressão digital com tintas látex, uma inovação e com forte demanda em empresas internacionais que primam em manter suas publicidades em concordância com o apelo ecológico mundial. “É possível encontrar tecnologia de impressão digital que respeita o meio ambiente, que se preocupa com a saúde e bem-estar das pessoas, utilizando tintas à base de água e sem odores.
Apesar que ainda se encontram impressões em solventes, muitas decisões são baseadas na importância e nos valores da saúde e bem-estar das pessoas e do planeta. Substituindo o quesito ‘custo mais baixo’ por impressões que agregam valor e seus diferenciais ao consumidor final”, comenta Karina Rosa, gerente da ITM, empresa que administra o Showroom HP de Grandes Formatos no Brasil.
A sequência de desenvolvimento continuou, surgiram diversas empresas desenvolvendo máquinas de impressão digital, algumas já não estão no mercado, pois foram absorvidas pelos grandes complexos industriais, mas colaboraram muito com o desenvolvimento do mercado, com as pesquisas e mais ainda com a dedicação em oferecer ao mercado cada dia mais velocidade e qualidade em impressão.
Hoje temos um quadro mercadológico bem interessante, com equipamentos de todos os tipos e tecnologia, dos caseiros até os industriais, e quem entra no segmento pode optar entre diversas marcas, tamanhos e tipos de tinta que querem utilizar, podendo usar a impressão digital em diversos substratos. Como também no mercado têxtil, o que no passado era impossível. “Você pode personalizar o quarto do seu filho num ambiente todo voltado ao desenho e ao seu tema preferido, bem como utilizar e decorar imagens da sua família no papel de parede da sala, no quadro ou até mesmo em uma cortina. Contudo, com a tecnologia da impressão digital os ambientes ficaram mais aconchegantes, mais humanos, personalizados, dando vida e cores em qualquer ambientação e decoração.
Atualmente se encontra impressão digital num ambiente totalmente decorado e personalizado em escolas, hospitais, residências, locais de trabalho, bares, lojas, academias, restaurantes, entre outros. Como também utilizam a impressão digital para intensificar e massificar a sua marca em frotas de veículos, painéis em pontos de ônibus, outdoors, indoors, vitrines, artigos de brinquedos e esportes, peças decorativas como luminárias, sofás, almofadas, quadros, entre outros”, diz Karina.
Em vista do que já dissemos anteriormente, que as cabeças de impressão eram de 100 picolitros por pontos e que imprimiam 6 metros por hora, nos dias atuais o mercado oferece maquinário com cabeça de impressão com jatos de tinta de 3 picolitros e até 400 metros de impressão por hora. Os grandes complexos industriais, mais os fornecedores da China, estão a cada dia revolucionando em termos de qualidade e preço, o que nos faz entender que ainda não chegamos ao ápice do desenvolvimento. Isso acontecerá futuramente. O mais importante de tudo isso é tornar o mercado mais acelerado, com melhor qualidade, equipamentos mais acessíveis, tintas que não agridam a natureza, cabeças de impressão que forneçam maior vida útil e preços justos. O mercado brasileiro é altamente consumidor, temos muito o que crescer, portanto cabe explorar esse potencial.
Agradecimento: www.mundodaimpressaolatex.com.br