terça-feira, 31 de outubro de 2023

Tintas e vernizes para serigrafia ultravioleta

 


As tintas e vernizes para serigrafia UV são sistemas isentos de solvente, que curam rapidamente quando submetidos às radiações ultravioletas de alta intensidade. As impressões obtidas distinguem-se por níveis superiores de aderência, flexibilidade, dureza de superfície, brilho e resistência química e à abrasão. A cura, ou transformação da película de tinta do estado líquido ao estado sólido dá-se pelo estabelecimento quase instantâneo de fortes ligações químicas entrecruzadas (reticulação, ou polimerização entrecruzada) entre os componentes reativos, mediante a exposição da película às radiações ultravioletas de alto conteúdo energético emitidas pelas lâmpadas de vapor de mercúrio de média pressão.



SEGURANÇA DO TRABALHO

Quando trabalhamos com tintas UV, é preciso que o serígrafo esteja atento a fatores de segurança, pois os raios UV gerados pelas curadoras UV são idênticos aos raios solares que provocam queimaduras e câncer de pele. Sendo assim, são fundamentais algumas medidas de segurança, como:

·         O isolamento da área em que estão instaladas as curadoras, evitando o vazamento da luz no momento da exposição;
·         O uso de materiais de segurança (EPIS), tais como: luvas, óculos de proteção e aventais, eliminando o risco de contatos acidentais. As tintas UV não apresentam produtos voláteis, mas na maioria dos casos são compostos reativos bastante irritantes;
·         Quando em funcionamento, o equipamento vai gerar um gás chamado ozônio em volta da lâmpada UV. Este gás é extremamente nocivo para o homem, podendo causar náuseas, dor de cabeça, problemas de garganta e oftalmológicos. As curadoras devem ser dotadas de sistemas para exaustão do gás ozônio para fora do ambiente de trabalho. Pois na atmosfera, ele se dissipa com muita facilidade.



VANTAGENS DAS TINTAS SERIGRÁFICAS DE CURA  UV EM  COMPARAÇÃO  COM AS TINTAS  CONVENCIONAIS

Estabilidade na Tela: O fato de serem estas tintas isentas de solvente, e de somente endurecerem (polimerizarem) ao receber o impacto da radiação UV, significa que não podem secar na tela. Portanto, não a entopem, e não ocorre perda gradual da qualidade de impressão; pelo contrário, podem até reproduzir detalhes mais delicados com precisão. Não exigem freqüentes reposições de solvente, e interrupções para remoção de tinta e limpeza da matriz. Conseqüentemente, também, não há perdas de tinta.

Aumento da Velocidade de Produção: Conseqüência direta da cura extremamente rápida, o material impresso passa pela unidade curadora a altas velocidades, e pode ser manipulado e processado imediatamente. Os substratos podem ser empilhados ou bobinados na saída da curadora, sem perigo de haver colagem, blocagem, ou de manchar partes não impressas ou de borrar a impressão. Também a estabilidade na tela, por si só, já contribui para um aumento da produção.

Maior Tiragem (Metragem) por Quilo de Tinta: Dado o fato de o teor de sólidos das tintas a base de solvente situar-se, aproximadamente, entre 70% e 20%, as impressões feitas com tintas UV podem dar um rendimento, respectivamente, entre 40% a 400% a mais, em termos de metros quadrados de área impressa por quilo de tinta, considerada a mesma espessura de película seca.
Economia de energia uma curadora UV consome muito menos energia do que uma curadora térmica.

Economia de Espaço: Uma curadora UV ocupa muito menos espaço do que uma curadora térmica. Também o fato de o material impresso poder ser manipulado imediatamente significa economia de espaço.

Qualidade Superior da Impressão: É possível obter níveis de brilho das tintas e vernizes curados por UV bem superiores aos das tintas convencionais, a base de solvente. Além disso, podendo-se aplicar maiores espessuras de película, se quiser, torna-se possível obter qualidade visual muito atraente, como, por exemplo, efeito de imagem em aparente relevo sobre a base.

Proteção do Meio Ambiente: O controle da emissão de solventes para a atmosfera, muito provavelmente, vai se constituir de longe no principal problema das indústrias de tintas num futuro não muito longínquo. A ausência de solventes coloca as tintas de cura UV na categoria de ecologicamente limpas. Também o ambiente de trabalho torna-se, não apenas, mais seguro, como mais confortável sob este aspecto.


O que é radiação UV? 

                Radiação UV é a energia emitida pelas lâmpadas dos equipamentos de cura, sem essa energia as tintas UV não curam.

Luz Visível: estas energias são emitidas através de uma fonte de luz, a luz, é um caso particular de energia eletromagnética. As particularidades que caracterizam os tipos de energia eletromagnética dizem respeito especificamente às variações na pulsação que mencionamos. Tomando-se uma trajetória isolada de propagação de energia vemos que, dada sua velocidade, há um espaço de certo comprimento para que o espaço pulsante se repita. Chamamos este espaço de comprimento de ondas.


DETECTOR DE EXPOSIÇÃO UV  (MOSTRA GRAFICAMENTE A DOSAGEM E A UNIFORMIDADE)

O radiômetro  pode medir a dosagem total e a irradiação máxima da iluminação UV ocorrendo em tempo real dentro do equipamento, e que mostra imediatamente o diagnóstico do sistema, está sendo apresentado pela International Light, Inc. de Newburyport, Massachusetts. O modelo IL393UV Light Bug é um instrumento compacto, que pode resistir tanto à irradiação UV intensa quanto à temperaturas extremas encontradas dentro dos fornos de cura e dos sistemas de exposição fotoresistentes. 




VERNIZ UV DE ALTO BRILHO PARA SERIGRAFIA


O destaque deste verniz é sua versatilidade. Ele pode ser usado em papel com ou sem laminação BOPP na produção de malas diretas, folders, capas, embalagens, entre outros materiais. Tal característica permite que a gráfica minimize itens de estoque e reduza o tempo de acerto de máquinas nas trocas de serviço, contribuindo para a elevação da produtividade e redução de custos. Afora isso, por proporcionar um filme de cobertura mais flexível, o verniz permite que o papel suporte melhor processos mecânicos como relevo e corte e vinco.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

CONCEITOS BÁSICOS SOBRE SUBLIMAÇÃO

 

O que é sublimação?

A sublimação é uma técnica que permite que uma imagem personalização de impressão em papel, e transferir a imagem para um artigo ou peça de vestuário sublimável (ou tecido de poliéster que incorpora um revestimento de poliéster especial) usando uma placa de transferência.

 

Essa técnica permite incorporar uma imagem fotográfica a uma peça de poliéster ou um artigo, como uma xícara, uma almofada, um copo, um porta-foto, etc. O processo de sublimação é baseado na aplicação de calor com uma chapa de transferência no projeto impresso em papel e em contato com o item a ser personalizado. O calor fará com que a tinta de sublimação especial passe diretamente do estado sólido para o estado gasoso e, a partir do papel, penetrará na superfície do artigo. Como resultado, objetos personalizados são obtidos com imagens de máxima nitidez e detalhes, com uma cor rica e alta durabilidade quando lavadas.

 



Como um artigo é sublimado?

O processo de sublimação consiste nas seguintes etapas:

 

A.    Preparação da imagem: Editar ou preparar a imagem no seu computador e imprimir usando um jato de tinta da impressora (destinada exclusivamente para sublimação) terá previamente equipada com tintas especiais e papel para sublimação. Geralmente você deve imprimir a imagem espelhada, mas verifique de acordo com o tipo de artigo.

 



B.    Ligue e ajuste a prensa térmica: No processo de sublimação existem 3 variáveis ​​que você deve regular na placa: temperatura, tempo e pressão. Essas variáveis ​​dependerão do tipo de produto que você está sublimando e de suas dimensões. Há tabelas com diretrizes para ajustar o tempo e a temperatura, mas a experiência permitirá que você faça o ajuste ideal.

 

C.   Prepare o item personalizável: Coloque o papel impresso em contato com o item personalizável. Se você pretende sublimar um objeto rígido (um copo, porta-retratos, chapa, etc.), deve colar o papel impresso com fita adesiva térmica para garantir que esteja bem posicionado e não se mova.

 


D.   Coloque o item na placa de transferência: Quando a placa de transferência atingir a temperatura programada, coloque o item preparado na placa e feche-o. Você deve esperar até que o tempo predeterminado passe. Ao aplicar calor e pressão, ocorrerá a sublimação: a tinta passa do estado sólido para o gasoso, penetrando na superfície do artigo.

 

E.    Retire o artigo da placa de transferência: Quando o tempo predeterminado tiver decorrido, você deve extrair o artigo sublimado da placa de transferência. Mas você deve usar uma luva térmica porque ela estará muito quente e você poderá se queimar. Em seguida, remova o papel com cuidado.

 


 

3. Como ajustar o tempo, temperatura e pressão?

É essencial ajustar essas três variáveis ​​na placa de transferência:

 

A)   Temperatura: Em geral, para todos os produtos, recomenda-se uma temperatura de 200ºC.
 
B)   Pressão: Dependendo do item, você deve ajustar a placa em média ou alta pressão. Você saberá que a prensa térmica está ajustado corretamente, porque você terá que fazer algum esforço para fechá-lo.
 
C)   Tempo: O tempo dependerá do tipo de artigo para sublimar e suas dimensões.
 

Mas estas são algumas recomendações gerais:

TEMPO DE ARTIGO SUBLIMÁVEL

Têxtil

40 s

Mouse pad

25 s

Carteira

45 s

Saco

60 s

Almofada

40 s

Quebra-cabeça de papelão

40 s

Taça Cerâmica

180 s

 

 

 PERGUNTAS MAIS FREQUENTES:

1) O que é necessário para iniciar um negócio de sublimação?

Um sistema de sublimação tem os seguintes componentes básicos:

  • Um computador com software de design, mas você não precisa investir em software de design atualmente, há muitos programas de design gratuitos.
  • Uma impressora jato de tinta equipada com tintas de sublimação e papel de sublimação, para que você possa imprimir sua imagem.
  • Uma placa de transferência para aplicar, através do calor, a imagem impressa aos produtos a serem sublimados.
  • E, claro, os produtos personalizáveis ​​em que você vai imprimir: produtos têxteis, bonés, copos, etc. Estes produtos requerem um revestimento especial que permite a penetração da impressão térmica.

 

2) Por que existem tantas cores para sublimação?

 

A maioria das impressoras de sublimação usa 4 cartuchos de tinta com as quatro cores básicas CMYK, Ciano, Magenta, Amarelo e Preto, e a partir delas é obtida toda a gama cromática. No entanto, existem impressoras de sublimação com cartuchos de tinta de outras cores para poder obter todas as tonalidades necessárias nas imagens a serem sublimadas.

2) Por que existem tantas cores para sublimação?

 

A maioria das impressoras de sublimação usa 4 cartuchos de tinta com as quatro cores básicas CMYK, Ciano, Magenta, Amarelo e Preto, e a partir delas é obtida toda a gama cromática. No entanto, existem impressoras de sublimação com cartuchos de tinta de outras cores para poder obter todas as tonalidades necessárias nas imagens a serem sublimadas.

 

3) Que impressoras posso usar para sublimação?

 

Para as impressoras a jato de tinta de sublimação (jato de tinta) são usadas. A tecnologia dessas impressoras permite que a tinta seja depositada no papel sem aplicar calor. É importante não aplicar calor à tinta de sublimação durante a impressão, porque a sublimação ocorre devido ao efeito do calor (a tinta muda de um estado sólido para um estado gasoso). Vamos procurar este efeito no próximo passo da sublimação, quando colocar o artigo na placa de transferência.

 

4) Quanto tempo leva para sublimar um desenho?

 

Depende do artigo personalizável no qual você deseja aplicar o design impresso. Você pode verificar a nossa tabela de tempo.

 

5) Em que tipo de materiais o processo de sublimação pode ser realizado?

 

A sublimação pode ser aplicada em polímeros (poliéster, poliamida, etc.) ou objetos com um revestimento de polímero. Para obter o resultado ideal na sublimação de um tecido, ele deve ter pelo menos 80% de poliéster, embora tecidos com 65% de poliéster possam ser sublimados.

Atualmente, há uma ampla gama de itens sublimados que já estão preparados para sublimação (eles incorporam o revestimento de polímero especial).

No entanto, também existem vernizes especiais que permitem preparar uma superfície não sublimada e torná-la sublimada.

 

6)  Posso sublimar em camisetas 100% algodão?

 

Existem várias soluções para aplicar a sublimação em camisas de algodão:

 

A) Você pode usar tinta e papel Chromablast em uma impressora a jato de tinta. Não é exatamente sublimação, mas é desenvolvido com os mesmos princípios.

 

B) O papel Subli-Flex permite imprimir em tecidos de algodão de cores claras e escuras, utilizando tintas de sublimação.

 

C) Sistema de sublimação de polímeros em pó ou papel Sublicotton permite a impressão em tecidos de algodão brancos ou leves, usando tintas de sublimação.

 

D) Você pode aplicar o revestimento Sublifirst em uma peça de algodão para torná-lo sublimado. É aplicado por pulverização ou por serigrafia.

 

7) Posso armazenar desenhos impressos em papel de sublimação?

 

Desenhos impressos em papel de sublimação podem ser armazenados desde que estejam em uma área com baixa umidade e sem exposição solar. Mas é preferível imprimir os desenhos quando eles serão usados.

 

8) Posso usar algum tipo de papel para a técnica de sublimação?

 

Não, você deve usar apenas papel especial para sublimação. O papel para sublimação tem características muito específicas, porque sua função é atuar como um transportador de tinta. É importante que a tinta seja depositada no papel com a máxima definição, mas ao aplicar o calor na placa de transferência, o papel deve liberar a tinta.

 

9) O que é uma placa de transferência?

 

É uma máquina, com uma tecnologia semelhante à de um ferro doméstico, que aquece sua superfície a uma temperatura predeterminada. Existem placas de diferentes tamanhos e formas, com placa plana e também com resistência cilíndrica para copos (para personalizar copos, copos, etc). Em qualquer placa de transferência você pode ajustar a temperatura, pressão e tempo de operação, dependendo do tipo de item que você está personalizando.

 

A placa de transferência aplica pressão e calor na superfície do objeto e isso permite a transferência do projeto.

 

10) Devo tirar o papel de sublimação quente ou frio?

 

O papel deve ser retirado frio ou quente, dependendo do tipo de item que estamos personalizando. Você deve consultar as recomendações específicas para cada artigo.

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

CONCEITOS BÁSICOS SOBRE GRAVAÇÃO DE TELAS SERIGRÁFICAS

 Vamos falar um pouco sobre os conceitos básicos de uma boa gravação de tela.




1º) As telas devem ser desengraxadas ou desengorduradas sempre antes da aplicação da emulsão, para remoção de qualquer impureza que esteja no tecido. Não utilize detergente caseiro, ele contém lanolina e silicone que prejudicam a ancoragem da camada de emulsão na tela. Recomendo o uso do  desengraxante próprio vendido em lojas de materiais de silk screen, não sendo possível utilize sabão de coco.

 2º) Escolher a emulsão de acordo com a tinta que você vai usar na impressão. Se você for trabalhar com tinta a base de água, plastisol ou tinta sintética a base de solvente escolher as emulsões resistentes a água (emulsão hidrofoto), mas se você vai imprimir com tinta a base de solvente ou ultra violeta utilize as emulsões resistentes a solventes (emulsão plastifoto). Não esqueça de comprar o sensibilizante (bicromato), este sensibilizante deve ser adicionado na emulsão na proporção de 9 partes de emulsão para 1 parte de sensibilizante. Cuidado para não preparar muita emulsão pois a vida útil da emulsão sensibilizada é de 48 horas aproximadamente. Recomendo a utilização de um copo  plástico graduado (copo Becker) para preparação. Sempre que estiver preparando a emulsão utilize lâmpada amarela de serviço, nunca utilize lâmpada branca durante esta etapa.

3º) Qualquer fonte de luz pode ser utilizada na gravação de telas de serigrafia. Porém eu recomendo a utilização de lâmpadas pontuais, como: halógena de 500/1000 Watts ou foto flood de 250/500 Watts. Esses dois tipos de lâmpadas não utilizam reatores para funcionamento. A lâmpada halógena precisa de um refletor próprio. Não esqueça que esta lâmpada deve ser manuseada com um pano ou flanela, pois se você tocar no seu bulbo de vidro poderá danificar a lâmpada para sempre. A lâmpada foto flood só possui um inconveniente, o seu tempo de vida de 60 horas aproximadamente. Importante não esqueça de comprar sua lâmpada na tensão que você disponha (110/220V), as lâmpadas com voltagens de 220 volts possuem menor consumo de energia;

 4º) Se você optar por montar sua própria mesa de luz não esqueça de colocar a lâmpada a uma distância de 60 cm do vidro. O vidro deve ser totalmente transparente de espessura mínima de 6 mm. Para quem esta começando, recomendo uma mesa de vidro de 80x80cm. Se você optar em cobrir as laterais da mesa não esqueça de deixar algumas pequenas saídas de ar, pois o calor da lâmpada no interior da mesa certamente irá trincar o seu vidro;

5º)  Na hora de aplicar a emulsão na tela utilize uma calha de alumínio apropriada ou improvise com uma régua de acrílico ou algo semelhante. A camada de emulsão na tela deve ser a mais uniforme possível. Utilize uma régua com comprimento um pouco menor que a largura interna da moldura da tela. A  camada de emulsão do lado externo da tela vai definir a resolução da imagem gravada e camada interna a resistência da tela a abrasão do rodo impressor. Para telas de numeração muito aberta até 77 fios/cm, recomendo uma aplicação pelo lado externo e uma pelo lado interno. Acima de 80 fios/cm recomendo 1 aplicação de camada  pelo lado externa e 2 pelo lado interno. Coloque a tela para secar na horizontal com o lado externo voltado para baixo, sobre alguns calços improvisados. Você pode secar a frio com o auxílio de um ventilador ou circulador de ar, ou a quente com o uso de um  secador de cabelos em temperatura baixa. 

Nunca utilize o soprador térmico para esta tarefa, pois sua temperatura é muito elevada. Quando a tela estiver com uma aparência fosca na camada de emulsão esta na hora de realizar a gravação na mesa de luz. A temperatura ideal de secagem para este tipo de emulsão é de 35º C. 

Importante: A tela depois de seca com emulsão sensibilizada com bicromato deve ser gravada até 4 horas. Pois o bicromato reage depois deste tempo mesmo protegido de luz.

5º) Se você possui uma mesa de gravação com lâmpada halógena de 500 W, o tempo de gravação deve estar em torno de 1 min de exposição. Quando a camada de emulsão não estiver totalmente endurecida pela ação da luz branca é porque o tempo de gravação não foi o suficiente para polimerizar esta camada, neste caso, aumente o tempo de exposição para corrigir este problema. O filme a ser gravado deve ter um perfeito contato com o tecido da tela. Coloque o filme sobre o vidro da mesa e a seguir coloque a tela emulcionada com o lado externo voltado para baixo, agora precisamos de um perfeito contato entre ambos, para isso, recomendo que você coloque uma flanela pelo lado interno e sobre ela um pedaço de Duratex  e por último coloque alguns pesos sobre esta placa para ajudar na compressão.

Você pode utilizar latas vazias de leite em pó com concreto no interior para servir de peso, pode até colocar umas alças de vergalhão para facilitar o manuseio. Decorrido o tempo de gravação você deve revelar a tela com jatos de água sob certa pressão. A camada não polimerizada pela luz irá se dissolver na água. Se a tela estiver bem gravada e revelada coloque para secar e depois verifique se é necessário realizar algum retoque, você poderá retocar com a própria emulsão, se você estiver retocando com emulsão para tinta a base de água não esqueça de secar e dar uma segunda exposição na luz para completa polimerização desta camada aplicada;



Dr. Silk





segunda-feira, 9 de outubro de 2023

TENSÃO DO TECIDO SERIGRÁFICO

 

Tensão do tecido serigráfico


Chamaremos a tensão com qual a tela foi colocada ao bastidor (quadro) de pré-tensão. Esta pré-tensão pela acomodação da estrutura molecular do material dos fios, se reduz ao longo do tempo e do uso da tela.

Nas primeiras horas e em descanso o tecido perde tensão e esta perda gradativamente se reduz até uma estabilização. Com o uso, sob a pressão do rodo e ação do fora contato a tela perderá gradativamente mais tensão até um ponto em que sua utilização não será mais possível.

As tensões admissíveis constantes nos folhetos técnicos dos fabricantes são valores médios e nem sempre são os valores ideais para certas aplicações. Entretanto, o uso de pré-tensões maiores, reduz a vida útil do tecido (a menos que seja possível retensioná-lo).

Aguardando a acomodação dos fios à tensão e retensionamento, os valores podem chegar praticamente aos mesmos oferecidos para os tecidos metálicos.  Assim, tecidos de poliéster especificados de suportar 14 N/cm (Newton por centímetro) podem chegar a tensão de 25 N/cm contra 24 N/cm tensão especificadas para tecidos metálicos com a mesma contagem de fios.

A tela deve ter tensão igual (uniforme) em toda área da imagem, ou haverá deformação (crescimento) da imagem nas áreas mais frouxas. Por esse motivo se recomenda tencionar gradualmente a tela e incrementar a tensão em estágios, estabelecendo intervalos de tempos para garantir uma tensão eficaz.

A tela se constitui do tecido tensionado ao quadro. A uniformidade de tensão é um fator importante na produção de telas para serigrafia. É praticamente impossível garantir que uma tela esteja com a mesma tensão ao longo de toda a sua área sem o auxílio de um instrumento adequado: o tensiômetro.

Existem tecidos serigráficos fabricados para trabalharem com vários valores de tensionamento. Como regra geral, a tela esticada com maior tensão é mais adequada para serviços de maior precisão. Cabe lembrar que telas mais esticadas requerem maior exatidão no controle de fora contato, e que se a tensão não estiver uniforme o eventual benefício da tensão mais elevada será nulo. O valor de tensão é mundialmente padronizado na unidade N/cm (Newton por centímetro linear).


 Pontos de medição

 Eles devem encontrar-se dentro da área da imagem impressa e não nos cantos. O primeiro passo é esticar previamente na longitudinal com 50% do valor (em comparação à tensão final), ou seja, com a metade do valor Newton. Posicionar o instrumento de medição a 1 cm da barra de medição. O segundo passo giramos o tensiômetro em 90º, posicionando no centro do tecido e esticar na segunda direção até alcançar o valor final. Verificar mais uma vez os dois sentidos e, se necessário, efetuar uma correção.




Tensões recomendadas

  •  Impressões de dimensões exatas (eletrônica, cartões de crédito, escalas etc.) 20 a 30 N/cm
  • Camisetas.......................................................................................................    15 a 25 N/cm
  • Gráfico, vidro, transfer..................................................................................     15 a 20 N/cm
  • Impressão direta sobre cerâmica (telas planas) e têxteis...............................    12 a 16 N/cm
  • Impressão de CD...........................................................................................     16 a 18 N/cm
  • Impressão de objetos cilíndricos e planos.....................................................     08 a 12 N/cm




 Perda de tensão
 Com um processo de esticagem realizado corretamente e sem se considerar a influência do quadro, a perda da tensão é dentro de 12 - 24 horas de 10 - 15% em tecidos de poliéster. É possível reduzir a perda da tensão através de fases de relaxamento mais longas.
 
 Possíveis causas da perda da tensão:

·         Perfis do quadro frágeis;
·         Colocação incorreta do tecido nas pinças de esticagem;
·         Altas variações climáticas;
·         Tempo de espera muito curto antes da colagem.

Dicas:
Recomendamos a operação com instrumentos de medição em Newton. Para a realização de trabalhos em quadricromia, todos os quadros devem apresentar a mesma tensão. A prática mostrou que uma diferença de tensão de 1 – 2 N/cm em uma única tela não tem muita importância. No entanto, a diferença de tensão entre quadros destinados à impressão multicolor não deve ultrapassar 1 – 2 N/cm. Em grandes tiragens  após numerosas recuperações da matriz, é possível que a perda de tensão alcance  um valor de vários N/cm.

A esticagem de um tecido com valores diferentes de tensão no sentido do urdume e da trama (tolerância de 3%) produz os seguintes efeitos:

·         Imprecisão do registro fora de controle;
·         Perda de qualidade da rugosidade da superfície do emulsionamento;
·         Aumento do depósito da tinta (de acordo com a direção do rodo);
·         Aumento do desgaste mecânico do tecido e do rodo.                                                                  

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

IMPRESSÃO SERIGRÁFICA ROTATIVA

 


Esta tecnologia permite aplicação deste processo onde os processos convencionais não o permitem. Impressões em larga escala, alta definição, alta velocidade de impressão e reprodução são as suas principais características. Com este processo podemos aplicar tintas com altas camadas de depósito, com pigmentos de grande dimensão, com efeitos especiais e com funções para os mais variados segmentos de mercado.
A serigrafia rotativa é muito utilizada para impressão de tecidos em geral. Podemos utilizá-la também para imprimir rótulos, etiquetas, adesivos, embalagens, materiais cerâmicos, antenas de RFAI, teclados de membranas, impressão de segurança  industrial em geral.



A matriz serigráfica utilizada para impressão é cilíndrica e utiliza tecidos metálicos (aço inox, níquel, etc), algumas matrizes chegam a alcançar tiragens de 500 mil metros.
Podemos  dividi-la em impressão banda estreita e larga. No segmento de artes gráficas, ou seja, impressão de papel ou adesivos, encontramos as telas serigráficas rotativas de banda estreita e no segmento têxtil, encontramos as de banda larga.
O princípio de impressão é o mesmo, uma tela, tinta e rodo impressor. A tela é alimentada internamente com tinta através de um sistema de bombeamento que leva e distribui uniformemente a tinta internamente na matriz. A impressão acontece quando o rodo impressor ou racle de poliuretano força a passagem desta tinta pelas áreas abertas da tela. 


MATRIZES ROTATIVAS

Existem no mercado dois tipos de tecidos que podemos utilizar neste processo, um tecido metálico, com estrutura tafetá de fios de aço inox (1:1) e um segundo  tecido formado por eletroformação de níquel, com estrutura hexagonal. Os dois maiores fornecedores mundiais de tecidos para serigrafia rotativa são a SPG Prints da Holanda e Gallus da Suíça.




SISTEMA GALLUS

As telas  fabricadas pela Gallus são comercializadas em formatos pré-definidos pelas máquinas impressoras, possuem em sua estrutura de tecelagem fios de aço inox revestidos por níquel, com lineaturas diversas. A tecelagem tafetá foi utilizada em sua confecção, alguns tecidos são fornecidos com tratamento de calandragem em uma de suas faces, tendo como objetivo a redução do depósito de tinta impresso. Essas telas são fornecidas com emulsão fotopolimérica aplicadas de fábrica. Para gravar basta retirar a proteção de poliéster transparente que protege a camada de emulsão e colocá-las na expositora UV em contato com o filme. Após o transporte fotográfico da imagem para tela, revelar o grafismo com jatos de água, secando posteriormente o tecido com ar quente controlado. Uma vez seco a tela, passamos para fase final de confecção da matriz rotativa, que consiste em soldar o tecido usando um equipamento especialmente projetado para esta finalidade, formando uma camisa. Agora com o tecido em forma de camisa, passamos para última fase, que consiste em colar o tecido nos anéis de alumínio laterais.




PROCESSO DE PRODUÇÃO GALLUS




SISTEMA SPG PRINTS

As telas metálicas da SPG Prints (Holanda), denominadas RotaMash são telas formadas por eletrodeposição, 100%  níquel, com estrutura alveolar hexagonal. Segundo informações do fabricante, esta tela tem uma durabilidade de 500 mil metros de impressão. Essas telas foram projetadas para serem utilizadas com aplicação de emulsão líquidas, podem ser utilizadas inúmeras vezes, em trabalhos diversos, uma vez que podem ser reaproveitadas com  total remoção da camada de emulsão fotográfica.




PROCESSO DE PRODUÇÃO SPG PRINTS




IMPRESSÃO SERGRÁFICA ROTATIVA

Alguns equipamentos de impressão são modulares. Essas impressoras atingem uma velocidades de impressão de 125 metros/linear, podem ser instalados em linha com outros processos de impressão compatíveis do mercado, como: rotogravura, offset, flexografia, hot stamp. São chamados de impressão híbrida (multiprocessos) em linha para produção de rótulos, etiquetas, etc.
Existem também as impressoras rotativas para área têxtil, que são utilizadas para imprimir tecido a metro.