RODO SERFIGRÁFICO (PERFIL)
O rodo
serigráfico possui algumas funções tais como: mover a tinta sobre a matriz,
preenchendo a abertura do tecido de tinta (entintamento)
e levar a matriz a encostar no substrato durante a impressão propriamente dita.
Durante o entintamento o rodo deve ser
posicionado na parte de baixo da matriz, formando um ângulo de aproximadamente
75º na direção do impressor. Nessa posição a tinta deverá ser “empurrada” com a
base do perfil do rodo sem que o mesmo exerça pressão sobre a matriz, mantendo
dessa maneira, a matriz sem contato algum com o substrato a ser impresso. Após
esse procedimento a matriz deverá estar entintada e pronta para que a impressão
seja realizada.
Na impressão, devem-se considerar as
seguintes observações: ângulo de ataque do rodo (inclinação do rodo durante a impressão), pressão do rodo (força exercida sobre a matriz) e a
velocidade da passagem do rodo.
O ângulo de ataque mais comum do rodo na
impressão é + ou – a 75º. Ao se modificar o ângulo do rodo na impressão,
modifica-se a deposição de tinta no substrato (carregação). Quanto mais fechado for o ângulo do rodo durante a
impressão, maior será a deposição de tinta. É preciso achar um meio termo na
inclinação do rodo para que a impressão não fique falhada (ângulos mais próximos a 90º) e também não fique carregada (ângulos próximos a 0º).
A força que se
exerce sobre o substrato com o rodo durante a impressão serigráfica deve ser
sempre mantida com a mesma intensidade durante toda a tiragem. Uma pressão
muito forte do rodo aumenta a descarga de tinta sobre o substrato além de
aumentar o risco de deformar a matriz. A pressão
adequada depende sobretudo da experiência, da sensibilidade e da preferência
individual do impressor.
A velocidade na passagem do rodo deve ser
moderada. Quanto mais rápido se passa o rodo sobre a matriz, menor será a
descarga de tinta, ao passo que quando o rodo é passado numa velocidade
reduzida, a tendência é que a impressão fique carregada demais.
O equilíbrio
entre o ângulo de ataque, a pressão e a velocidade da passagem do rodo durante
a impressão, garantirá a correta deposição de tinta sobre os substratos e uma
maior uniformidade no trabalho.
Existem no
mercado algumas opções de composição, formato e dureza.
COMPOSIÇÃO:
Dentre as composições disponíveis, a de melhor
desempenho é a de poliuretano, apresentando ótima resistência química (a
solventes) e física (abrasão/desgaste). O mesmo não acontece com o composto de
estireno butadieno (borracha sintética), que apresenta baixa resistência
química e física.
FORMATO:
Em relação aos
formatos, serão citados os mais recomendados para cada tipo de equipamento e
substrato.
Perfil B – De 75º. Chanfrado de um só
lado. É especialmente adequado para máquinas de impressão automática.
Perfil C – Chanfrado pelos dois lados e
com a base plana. Especial para impressões em superfícies cilíndricas como
copos, canetas, etc.
Perfil D – Com a mesma aplicação do
perfil C, porém é utilizado em máquinas automáticas.
Perfil E – Utilizado para obter alta
cobertura ou espessura na camada de tinta impressa, recomendado para tintas de
alta viscosidade e para impressões em tecidos.
Perfil F – Idem ao de Perfil E, porém é
usado para impressões com telas confeccionadas com tecidos mais fechados.
DUREZA:
O perfil tem
grande responsabilidade no depósito da tinta e na definição da impressão de
acordo com sua dureza. O instrumento utilizado para medição da dureza é o
durômetro, e a unidade de leitura é expressa em graus Shore.
ESCALA DE DUREZA EM GRAUS SHORE
60º a 75º Shore – Perfil macio;
76º a 85º Shore – Perfil médio;
86º a 95º Shore – Perfil duro.
Perfil macio
– Indicado para impressões serigráficas chapadas e superfícies vitrificadas. (ex.: vidros e cerâmicas)
Perfil médio
– Indicado para a maioria das impressões serigráficas manuais.
Perfil duro
– Indicado para impressões com traços finos, tecidos fechados e camadas finas
de tinta. (ex.: impressões com tintas
U.V.)