quarta-feira, 29 de maio de 2019

PRÉ-IMPRESSÃO PARA SERIGRAFIA

PRÉ-IMPRESSÃO

Definição

A pré-impressão é a técnica de preparação do original para possibilitar a sua reprodução por meio de um processo de impressão.

Na serigrafia, a pré-impressão compreende as etapas de  preparação dos filmes que serão usados na gravação das telas de serigrafia, podemos também incluir na pré-impressão a produção de telas (matrizes).

Quando a imagem original possui mais de uma cor, se faz necessário realizarmos a separação das cores , ou seja, para cada cor um filme e uma tela correspondente.

Desta forma, quanto maior o número de cores do original, maior será o custo de produção. Vejamos, um trabalho de impressão com 10 cores na imagem original, irá gerar 10 filmes e 10 telas gravadas respectivamente.

Posteriormente estaremos abordando e explicando a técnica de separação de cores em serigrafia.

Existem várias formas de prepararmos os filmes para gravação de telas.

  • ·  Desenho manual com caneta de nanquim sobre papel vegetal ou  poliéster leitoso;
  • ·  Filme de recorte;
  • ·  Poliéster, vegetal ou transparência impresso em impressoras a laser, ou seja, Laserfilm;
  • ·  Fotolito digital, através de imagesetter;
  • ·  Fotolitos produzidos através de impressora a jato de tinta de grande formato, com linguagem PostScript, capaz de reproduzir imagens reticuladas.

FOTOLITOS

Os diapositivos fotográficos são chamados de fotolitos e se dividem em fotolito fotomecânico e digital. Os fotolitos para serigrafia exigem uma leitura correta do lado positivo do filme. Nesse contexto, uma leitura correta significa que a arte final deve ser reproduzida no lado correto da emulsão do filme.

Isto é o oposto do que é feito nos filmes para offset.

Isto é importante, porque permite que durante à exposição, o lado de emulsão do filme fique colocado diretamente sobre a emulsão da matriz. Se filmes do tipo reverso para offset (leitura errada) forem usados, a base de poliéster do filme é interposta entre a emulsão e a camada do filme. Isto causa um corte menor do que o necessário, gerando uma matriz com falta de nitidez e detalhe.




FILME POSITIVO

Imagem na qual as notações do claro/escuro são idênticas as do original.



FILME NEGATIVO

Imagem na qual as notações do claro/escuro são opostas as do original.





SETOR DE FOTOLITO

É a área das artes gráficas responsável pelo registro, correção e finalização das imagens que serão impressas.

O nome do setor é originário da forma como eram chamadas os primeiros registros fotográficos em artes gráficas: photós (luz em grego) + lithós (pedra também em grego) = fotografia em pedras litográficas.

O nome de origem do setor é mantido até os dias de hoje dessa forma no jargão da área gráfica, o produto dele originário também é assim designado desde o século XIX.

A função primordial do fotolito é preparar as imagens para a reprodução gráfica, separando os grafismos de cada cor de impressão e os adaptando a cada processo de impressão.

Todo o processamento da imagem no fotolito é realizado com as imagens sendo trabalhadas em tons de preto e branco.


TIPOS DE CAMADAS FOTOSSENSÍVEIS

Os originais podem ser de diferentes tipos: opacos ou transparentes, em tom contínuo ou a traço, coloridos ou em preto e branco...

Já o material trabalhado para a reprodução gráfica somente pode ser trabalhado em preto e branco.

Os materiais fotográficos pode ser em tom contínuo (onde há variação de tons entre o branco e o preto) ou em meio tom (onde somente áreas pretas ou brancas são possíveis nas imagens registradas).

A maioria dos processos de impressão somente são capazes de reproduzir imagens em meio tom, distinguindo apenas as áreas de impressão (grafismos) onde será depositada a tinta das áreas de não impressão (contra-grafismo) onde ficará visível o papel.


OPERAÇÕES FOTOGRÁFICAS

1º) Exposição
Com o uso de equipamento apropriado a luz refletida ou emitida pelos objetos é capturada sobre película fotossensível; a imagem registrada nesse momento é chamada de imagem latente, está registrada, mas não é visível.

2º) Revelação
Com o emprego de substância química especifica (revelador) os sais de prata tem o seu processo de enegrecimento acelerado. A imagem se torna visível, mas o material fotossensível permanece capaz de registrar outras emissões luminosas.

3º) Interrupção
Com o uso de substância química específica (interruptor) o procedimento de revelação da imagem é interrompido; a imagem permanece como no estágio anterior do processamento.

4º) Fixação
Após a interrupção do processo de revelação é preciso neutralizar a fotossensibilidade dos sais de prata, isso é obtido com o uso do fixador.

5º) Lavagem
O filme é imerso em água corrente por um período de tempo tal que permita extrair do material a maior parte das substâncias químicas utilizadas ao longo do processo.

6º) Secagem
O material é seco com o emprego de ar quente, seja em estufas ou com secadores.


TIPOS DE REGISTROS FOTOGRÁFICOS

Os originais podem ser de diferentes tipos: opacos ou transparentes, em tom contínuo ou a traço, coloridos ou em preto e branco...

Já o material fotográfico pode ser originado a partir da reflexão ou da filtragem da luz pelo original.

Fotografia por reflexão
A luz bate no original e é refletida para o aparelho de captura.





Fotografia por transparência
A luz atravessa o original e é filtrada por esse antes de chegar ao aparelho de captura.




EQUIPAMENTOS DE FOTOGRAFIA

Convencionais:

Máquina Fotográfica: São equipamentos de registro de imagem capazes de ampliar e reduzir imagens ou de as capturar em escala real (tamanho idêntico ao do original). Pode fotografar tanto por transparência quanto por reflexão.

Ampliador: Equipamento capaz somente de ampliar as imagens dos originais (sempre transparentes) com os quais trabalha.

Prensa de contato: Equipamento sem lente que somente registra imagens por transparência e em escala real.

Digitais:

Scanner: São equipamentos que possuem a capacidade de converter imagens físicas em registros digitais, podem trabalhar por reflexão ou por transparência, são designados como planos ou cilíndricos de acordo com o tipo de apoio para originais que possuem.


MÁQUINA FOTOGRÁFICA
1 – Porta originais com iluminação interna  2 – Iluminação externa  3 – Fole com lente  4 – Vidro despolido  5 – Tampa com vácuo  6 – Controles

As máquinas fotográficas são denominadas de verticais ou horizontais, de acordo com o eixo do conjunto de lentes, em geral as máquinas horizontais são bem maiores que as verticais e ocupam salas.


AMPLIADOR



1 – Base para projeção das imagens  2 – Fole com lente  3 – Iluminação  4 – Porta originais (ver 6 – peça aberta)  5 – Controles



PRENSA DE CONTATO
1 – Iluminação  2 – Base de vidro  3 – Controles  4 – Tampa com manta pneumática